São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O POLONÊS E O GALÃ Lansky e Bugsy saíram das favelas


de Nova York

Meyer Lansky e Bugsy Siegel eram exemplos de judeus que viviam em favelas do Lower East Side e chegaram ao topo do submundo mafioso. Bugsy era considerado o gângster mais bonito de Nova York e inspirou filme homônimo.
Era o tipo de gângster que se divertia com a violência e tinha prazer em matar. Uma das histórias a seu respeito conta que ele estava na Itália com uma condessa, que era sua amante em 1938, quando soube que no mesmo hotel estavam hospedados Hermann Goering e Joseph Goebbels, membros do regime nazista alemão.
Bugsy teria decidido matá-los enquanto descansavam durante o dia e só não concretizou o plano porque sua amante o convenceu de que, se fizesse isso, ela seria morta logo em seguida. Ninguém sabe se a história é verdadeira, mas, de qualquer forma, poderia ter alterado o curso da história.
Lansky chegou ao Lower East Side em 1911, vindo da Polônia. Ao resumir sua vida, costumava contar o que ouviu um homem dizer a seu avô: "Vocês, judeus, precisam se levantar e lutar. Vocês não têm vergonha? Vocês são homens como os demais. Bata neles, e eles vão correr. Se for morrer, morra lutando".
Lansky se considerava um homem religioso e, quando seu filho nasceu com defeitos físicos, foi acusado pela mulher de ser o responsável pelo que seria um castigo divino. Na ocasião, Lansky começou a usar heroína. Voltou a Nova York trazido por Vincent Alo, com quem viveu até 1982, em Miami.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.