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Coligações podem definir votos
especial para a Folha
As especulações sobre possíveis
coligações se tornaram, há muito
tempo, grandes temas de campanha. A possibilidade de um partido se coligar a outro pode chegar a
definir o voto dos eleitores.
Se os resultados das pesquisas se
concretizarem, os social-democratas devem vencer. Nesse caso,
porém, eles precisariam se coligar
com outro partido para obter
maioria no Parlamento e conseguir governar.
Uma possibilidade seria uma
grande coligação entre CDU, CSU
e SPD. Apesar de a maioria dos
eleitores alemães ser favorável a
essa opção, a história mostra que a
única experiência da Alemanha
com uma grande coligação, entre
1966 e 1969, não deu muito certo.
Naquela época, uma coligação
entre CDU-CSU e SPD governava
a Alemanha. Por ser uma coligação entre os maiores partidos, ela
não contava com uma oposição
forte no Parlamento, o que permitiu lançar medidas de segurança
pouco democráticas para conter a
agitação social que abalava o país.
Outra possibilidade neste ano
seria uma coligação entre social-democratas e os Verdes. Juntos, eles teriam, se as eleições fossem hoje, mais cadeiras no Parlamento que a atual coligação
CDU-CSU e FDP.
Mas os Verdes vêm perdendo
popularidade desde que passaram
a defender uma série de medidas
consideradas extremadas demais
pelo eleitorado alemão.
Eles decidiram, em março, introduzir no seu programa de governo a reivindicação de um aumento do preço da gasolina para
daqui a cinco anos, a qual deveria
passar a custar, segundo eles, US$
3 o litro.
A idéia chocou não só os possíveis parceiros social-democratas,
mas também os alemães em geral,
que logo deram uma resposta ao
partido. Nas últimas eleições no
Estado da Saxônia-Anhalt, os Verdes não atingiram os 5% dos votos
exigidos para ingressar no Parlamento. Agora, o partido voltou
atrás no preço da gasolina, mas
briga com o SPD sobre o que fazer
com as usinas atômicas do país.
O SPD vem descartando, por enquanto, qualquer forma de apoio
dos socialistas do PDS, que ainda
não conquistaram a simpatia do
eleitorado alemão-ocidental.
(SB)
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