São Paulo, quinta-feira, 05 de agosto de 2004

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Presos se negam a ir a audiências em Guantánamo

DO "FINANCIAL TIMES"

Quatro prisioneiros de Guantánamo se recusaram a participar das audiências estabelecidas pelos EUA para avaliar a legalidade de sua detenção.
A Suprema Corte dos EUA determinou em junho que os detidos na base militar americana em Cuba -muitos mantidos sem acusações formais há mais de dois anos- têm o direito de ter sua prisão reavaliada.
Mas, desde o início das audiências, na sexta-feira, quatro dos seis prisioneiros escalados para fazerem a própria defesa decidiram não participar do processo, segundo relatórios de oficiais.
"São só quatro prisioneiros com um histórico de não cooperação", disse o comandante Beci Brent. As audiências, conduzidas por comissões de três militares, visam rever o status dos detidos, chamados de "combatentes inimigos".
Os EUA mantêm em Guantánamo cerca de 600 prisioneiros capturados na guerra ao terror liderada pelos americanos -a maioria vem do Afeganistão.

Relatório
Questionado sobre um relatório que denuncia tortura de prisioneiros de Guantánamo, divulgado ontem, o porta-voz do Pentágono major Michael Shavers disse que os EUA condenam o abuso de detidos. "Os EUA realizam uma humana e profissional operação de detenção em Guantánamo, que está gerando informações valiosas na guerra ao terror."


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