São Paulo, quarta-feira, 05 de agosto de 2009

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Venezuela diz que vai apurar caso das armas

DA REDAÇÃO

O governo da Venezuela disse ontem que investigará o caso das armas que a Colômbia afirma terem sido desviadas do Exército venezuelano para as mãos de guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O governo de Hugo Chávez lançou "investigações internas para determinar a origem e o destino dessas armas", disse o Ministro da Justiça venezuelano, Tareck El Aissami, referindo-se aos lança-foguetes AT-4, espécie de bazuca de manuseio considerado fácil, que o governo Uribe diz ter apreendido durante investida contra as Farc em 2008.
Segundo o ministro chavista, será apurado se o armamento realmente foi vendido ao seu Exército no final da década de 1980 -como afirmou a indústria sueca que produz os lança-foguetes- e como teria chegado às mãos da guerrilha colombiana.
A polêmica sobre as armas motivou Chávez a congelar as relações diplomáticas com Bogotá, na semana passada, e a convocar seu embaixador no país depois que a Colômbia cobrou publicamente justificativas de Caracas sobre os lança-foguetes.
O ministro Aissami, no entanto, não deu indicações de que as investigações anunciadas signifiquem uma tentativa de reaproximação em relação ao governo de Uribe.
"Os lança-foguetes foram adquiridos pelo Estado venezuelano há 20 anos, não agora. Não foi durante nosso governo", disse ontem. Chávez governa a Venezuela desde 1999. As armas foram compradas 11 anos antes.
Ele tem dito que o caso das armas veio à tona neste momento para servir de cortina de fumaça para desviar a atenção da discussão sobre a ampliação da presença militar americana em bases colombianas. O presidente considera o acordo entre Colômbia e EUA uma ameaça à Venezuela.

Com agências internacionais



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