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Venezuela diz que vai apurar caso das armas
DA REDAÇÃO
O governo da Venezuela
disse ontem que investigará o caso das armas que a
Colômbia afirma terem sido desviadas do Exército
venezuelano para as mãos
de guerrilheiros das Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O governo de Hugo Chávez lançou "investigações
internas para determinar
a origem e o destino dessas
armas", disse o Ministro
da Justiça venezuelano,
Tareck El Aissami, referindo-se aos lança-foguetes AT-4, espécie de bazuca de manuseio considerado fácil, que o governo Uribe diz ter apreendido durante investida contra as
Farc em 2008.
Segundo o ministro chavista, será apurado se o armamento realmente foi
vendido ao seu Exército
no final da década de 1980
-como afirmou a indústria sueca que produz os
lança-foguetes- e como
teria chegado às mãos da
guerrilha colombiana.
A polêmica sobre as armas motivou Chávez a
congelar as relações diplomáticas com Bogotá, na
semana passada, e a convocar seu embaixador no
país depois que a Colômbia cobrou publicamente
justificativas de Caracas
sobre os lança-foguetes.
O ministro Aissami, no
entanto, não deu indicações de que as investigações anunciadas signifiquem uma tentativa de
reaproximação em relação
ao governo de Uribe.
"Os lança-foguetes foram adquiridos pelo Estado venezuelano há 20
anos, não agora. Não foi
durante nosso governo",
disse ontem. Chávez governa a Venezuela desde
1999. As armas foram
compradas 11 anos antes.
Ele tem dito que o caso
das armas veio à tona neste momento para servir de
cortina de fumaça para
desviar a atenção da discussão sobre a ampliação
da presença militar americana em bases colombianas. O presidente considera o acordo entre Colômbia e EUA uma ameaça à
Venezuela.
Com agências internacionais
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