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Colômbia diz que EUA poderão usar 7 instalações
DA REDAÇÃO
O general Freddy Padilla, ministro interino da Defesa da
Colômbia, afirmou ontem que
só "terroristas e narcotraficantes" devem temer o acordo de
defesa que Bogotá negocia com
Washington e que é visto com
desconfiança pelos vizinhos.
Ele detalhou que os EUA poderão ampliar a presença militar
em sete bases do país.
Até ontem, o governo da Colômbia falava em cinco instalações militares no pacote em negociação. Padilla reiterou que,
eventualmente, a colaboração
com os EUA pode ser usada para o treinamento de militares
de outros países.
As declarações do general colombiano foram feitas durante
seminário militar na cidade caribenha de Cartagena. Intitulado "Futuros desafios e missões
das Forças Armadas da América do Sul", o encontro foi promovido em coordenação com o
Comando Sul dos EUA, responsável pela região, com participação de chefes das Forças Armadas de sete países, incluindo
México, Argentina e Chile.
O Brasil foi convidado, mas o
almirante-de-esquadra João
Afonso Prado Maia de Faria,
chefe do Estado-Maior da Defesa, não compareceu por motivos de agenda, informou o Ministério da Defesa brasileiro.
Sem detalhes
À imprensa Padilla detalhou
que os americanos poderão
usar três bases da Força Aérea,
Apiay, Malambo e Palanquero,
duas do Exército, Tolemaida e
Larandia, e duas navais, Cartagena e Málaga (veja quadro).
Ao lado do general colombiano, o chefe do Comando Sul dos
EUA, Douglas Fraser, ressaltou
que o acordo não está fechado.
Quanto ao tipo de equipamento militar a ser usado na
Colômbia, o general Fraser disse: "Não tenho detalhes específicos sobre o tipo de material,
mas é importante ressaltar que
isso vai depender da Colômbia.
Afinal, são bases colombianas".
Uma das controvérsias em
torno do acordo é justamente o
raio de ação dos militares americanos na Colômbia. O governo brasileiro pede "transparência" quanto aos planos e cita
um documento da Força Aérea
americana que prevê o uso de
uma das bases da Colômbia como ponto de apoio para deslocamento de carga e soldados na
região e fora dela.
O general americano, que estudou na juventude na Colômbia, afirmou que o futuro acordo não trará aumento do número de funcionários do Pentágono, entre militares e civis, já
autorizados dentro do Plano
Colômbia.
"Isso é muito aberto e é coordenado pelo Congresso dos
EUA, esse tipo de coordenação
vai permanecer", disse.
Com agências internacionais
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