São Paulo, quarta-feira, 05 de agosto de 2009

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Colômbia diz que EUA poderão usar 7 instalações

DA REDAÇÃO

O general Freddy Padilla, ministro interino da Defesa da Colômbia, afirmou ontem que só "terroristas e narcotraficantes" devem temer o acordo de defesa que Bogotá negocia com Washington e que é visto com desconfiança pelos vizinhos. Ele detalhou que os EUA poderão ampliar a presença militar em sete bases do país.
Até ontem, o governo da Colômbia falava em cinco instalações militares no pacote em negociação. Padilla reiterou que, eventualmente, a colaboração com os EUA pode ser usada para o treinamento de militares de outros países.
As declarações do general colombiano foram feitas durante seminário militar na cidade caribenha de Cartagena. Intitulado "Futuros desafios e missões das Forças Armadas da América do Sul", o encontro foi promovido em coordenação com o Comando Sul dos EUA, responsável pela região, com participação de chefes das Forças Armadas de sete países, incluindo México, Argentina e Chile.
O Brasil foi convidado, mas o almirante-de-esquadra João Afonso Prado Maia de Faria, chefe do Estado-Maior da Defesa, não compareceu por motivos de agenda, informou o Ministério da Defesa brasileiro.

Sem detalhes
À imprensa Padilla detalhou que os americanos poderão usar três bases da Força Aérea, Apiay, Malambo e Palanquero, duas do Exército, Tolemaida e Larandia, e duas navais, Cartagena e Málaga (veja quadro).
Ao lado do general colombiano, o chefe do Comando Sul dos EUA, Douglas Fraser, ressaltou que o acordo não está fechado.
Quanto ao tipo de equipamento militar a ser usado na Colômbia, o general Fraser disse: "Não tenho detalhes específicos sobre o tipo de material, mas é importante ressaltar que isso vai depender da Colômbia. Afinal, são bases colombianas".
Uma das controvérsias em torno do acordo é justamente o raio de ação dos militares americanos na Colômbia. O governo brasileiro pede "transparência" quanto aos planos e cita um documento da Força Aérea americana que prevê o uso de uma das bases da Colômbia como ponto de apoio para deslocamento de carga e soldados na região e fora dela.
O general americano, que estudou na juventude na Colômbia, afirmou que o futuro acordo não trará aumento do número de funcionários do Pentágono, entre militares e civis, já autorizados dentro do Plano Colômbia.
"Isso é muito aberto e é coordenado pelo Congresso dos EUA, esse tipo de coordenação vai permanecer", disse.

Com agências internacionais



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