São Paulo, sábado, 05 de setembro de 2009

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Embaixada dos EUA em Cabul demite guardas por festa com prostitutas

DA REDAÇÃO

Oito guardas foram demitidos e dois pediram demissão da Embaixada dos EUA em Cabul, após denúncias de comportamento imoral e de comprometer a segurança do posto diplomático, onde trabalham mil pessoas.
Segundo relatório divulgado terça-feira pela organização sem fins lucrativos Project on Government Oversight (Pogo), os guardas levaram prostitutas para festas em seu alojamento -o que é considerado uma brecha grave de segurança e disciplina. Fotos das festas, vazadas na internet, mostram os seguranças nus e alcoolizados. Os supervisores também são acusados de humilhar os guardas de origem asiática, urinar sobre eles e forçá-los a beber álcool.
O relatório do Pogo, entregue à chanceler Hillary Clinton, denuncia o ArmorGroup, grupo privado responsável pelos 450 guardas da embaixada, por "um padrão de flagrantes violações" que resultou na "quebra" da disciplina e da moral entre os vigilantes.
A embaixada baniu o álcool e "substituirá imediatamente" seu gerente, segundo comunicado. O Departamento de Estado dos EUA disse estar investigando o caso e não descarta terminar o contrato (de US$ 189 milhões, vigente até julho de 2010) com o ArmorGroup.
O Pogo aponta cumplicidade da Chancelaria americana no caso, já que ela teria sido avisada dos problemas por diversas cartas.
Há alguns meses, um subcomitê do Senado dos EUA também apontou irregularidades na embaixada, como má comunicação entre guardas (alguns não falam inglês) e falta de pessoal, o que obrigava a turnos extensos.
A embaixada já foi alvo de atentados do Taleban, que explodiu bombas perto de seus portões.


Com agências internacionais


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