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TRAGÉDIA NOS EUA
Previram-se 10 mil mortos após furacão
Encerradas as buscas, vítimas do Katrina totalizam 1.209 pessoas
DA REDAÇÃO
Encerrou-se a busca por vítimas fatais do furacão Katrina, que
atingiu os EUA no final de agosto.
Até ontem, 1.209 mortos foram
contados, 964 deles em Nova Orleans, no Estado da Louisiana.
Eventuais descobertas podem aumentar a contagem, mas o Departamento de Saúde e Hospitais da
Louisiana encerrou na segunda-feira o trabalho de busca em locais
atingidos pelas águas.
Os números da Louisiana, 972
mortos, são bem menores que os
10 mil mortos que o próprio prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin,
havia previsto para a catástrofe
nos dias em que a cidade ainda estava alagada e caótica.
Nagin anunciou ontem que vai
demitir 3.000 funcionários de Nova Orleans, cortando 40% da folha de pagamento. O prefeito disse que não conseguiria equilibrar
as contas da reconstrução da cidade com esses custos. "Quem me
dera ter os recursos para manter
esse pessoal", lamentou.
A cidade ainda está em condições precárias. Segundo a empresa responsável pela energia elétrica, 36% do fornecimento de Nova
Orleans foi regularizado. Algumas escolas particulares voltaram
a funcionar, mas as escolas públicas da cidade ainda estão fechadas. A previsão é que todas as escolas tenham retomado as aulas
em novembro.
O ex-presidente dos EUA Bill
Clinton reuniu-se ontem com vítimas das tempestades. Ele visita
as áreas afetadas pelo Katrina como representante da Fundação
Bush-Clinton Katrina, que arrecadou US$ 100 milhões em campanha liderada por Clinton e pelo
ex-presidente George Bush.
"O que estamos tentando é criar
um sistema que ajude a resolver a
curto prazo problemas que o governo não quer ou não pode financiar", disse Clinton.
Fraudes com doações
Na Califórnia, nove pessoas foram indiciadas por participação
num esquema que teria desviado
US$ 25 mil de doações da Cruz
Vermelha que seriam destinadas
a ajudar as vítimas do Katrina.
As nove pessoas são da cidade
de Bakersfield. Quatro trabalhavam num "call center" da cidade
destinado a receber doações.
Esse não é o único tipo de abuso
que o país enfrenta em tempos de
furacões. A Fema (agência federal
dos EUA para emergências) quer
que 7.600 moradores da Flórida
devolvam doações recebidas em
2004 como ajuda pela passagem
de quatro furacões no Estado. A
soma chega a US$ 30,3 milhões.
Muitos dos beneficiados pelas
doações usaram seus seguros para cobrir as despesas causadas pelos furacões. Segundo o porta-voz
Jim Homstad, pela lei dos EUA, as
doações da Fema não podem
complementar seguros.
A Fema, criticada por supostamente dar milhões a pessoas que
fizeram pedidos fraudulentos, já
conseguiu recuperar mais de US$
5 milhões das doações.
Com agências internacionais
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