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EUA
Democratas e republicanos atacam escolha de Harriet Miers
Bush defende a nomeação de sua ex-advogada para a Suprema Corte
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, saiu ontem em defesa da
escolha de Harriet Miers, conselheira legal da Casa Branca, para
ocupar uma vaga na Suprema
Corte americana. A indicação de
Miers, ex-advogada de Bush, para
substituir Sandra O'Connor no
tribunal máximo do país foi recebida com críticas tanto por democratas como por republicanos.
Uma crítica comum dos dois
partidos é o fato de Harriet Miers,
uma texana de 60 anos, não ser
juíza -o que, legalmente, não a
impede de ocupar uma cadeira na
Suprema Corte dos EUA. Outra
crítica, que parte do partido do
presidente, o Republicano, é
quanto a Bush ter aberto mão de
nomear um conservador em benefício de uma pessoa cuja atuação é desconhecida, dado que
nunca atuou como magistrada.
Segundo o senador republicano
Patrick Buchanan, "diante de
uma oportunidade, que aparece
uma vez em cada geração, de levar
de volta à Suprema Corte o constitucionalismo, George W. Bush
ignorou mais de uma dúzia dos
melhores juristas para nomear
sua advogada pessoal".
Já os democratas acusam o presidente Bush de "nepotismo" por
ter escolhido sua ex-advogada
pessoal para a corte máxima.
Às críticas e acusações de ambos os lados, Bush respondeu que
escolheu "a melhor pessoa que
poderia encontrar". O presidente
negou que a escolha de Miers tenha sido uma forma de evitar
uma disputa política no Senado
com os democratas, que, inevitavelmente, aconteceria se o nome
do indicado fosse de um notório
conservador. Esse confronto seria
desinteressante para Bush no momento, visto que sua popularidade tem estado em baixa já há algum tempo em razão do conflito
no Iraque -popularidade que
caiu mais ainda com a crise do furacão Katrina.
Segundo Bush, Miers "compartilha minha filosofia de que os juízes devem interpretar as leis e a
Constituição dos EUA, e não legislar de sua cadeira".
Se aprovada na sabatina do Senado, Miers, que tem 30 anos de
experiência como advogada, será
a terceira mulher da história dos
EUA a integrar a Suprema Corte.
Com agências internacionais
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