São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2005

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EUA

Democratas e republicanos atacam escolha de Harriet Miers

Bush defende a nomeação de sua ex-advogada para a Suprema Corte

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, saiu ontem em defesa da escolha de Harriet Miers, conselheira legal da Casa Branca, para ocupar uma vaga na Suprema Corte americana. A indicação de Miers, ex-advogada de Bush, para substituir Sandra O'Connor no tribunal máximo do país foi recebida com críticas tanto por democratas como por republicanos.
Uma crítica comum dos dois partidos é o fato de Harriet Miers, uma texana de 60 anos, não ser juíza -o que, legalmente, não a impede de ocupar uma cadeira na Suprema Corte dos EUA. Outra crítica, que parte do partido do presidente, o Republicano, é quanto a Bush ter aberto mão de nomear um conservador em benefício de uma pessoa cuja atuação é desconhecida, dado que nunca atuou como magistrada.
Segundo o senador republicano Patrick Buchanan, "diante de uma oportunidade, que aparece uma vez em cada geração, de levar de volta à Suprema Corte o constitucionalismo, George W. Bush ignorou mais de uma dúzia dos melhores juristas para nomear sua advogada pessoal".
Já os democratas acusam o presidente Bush de "nepotismo" por ter escolhido sua ex-advogada pessoal para a corte máxima.
Às críticas e acusações de ambos os lados, Bush respondeu que escolheu "a melhor pessoa que poderia encontrar". O presidente negou que a escolha de Miers tenha sido uma forma de evitar uma disputa política no Senado com os democratas, que, inevitavelmente, aconteceria se o nome do indicado fosse de um notório conservador. Esse confronto seria desinteressante para Bush no momento, visto que sua popularidade tem estado em baixa já há algum tempo em razão do conflito no Iraque -popularidade que caiu mais ainda com a crise do furacão Katrina.
Segundo Bush, Miers "compartilha minha filosofia de que os juízes devem interpretar as leis e a Constituição dos EUA, e não legislar de sua cadeira".
Se aprovada na sabatina do Senado, Miers, que tem 30 anos de experiência como advogada, será a terceira mulher da história dos EUA a integrar a Suprema Corte.


Com agências internacionais

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