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Entidade vê o Brasil como líder internacional
DA REDAÇÃO
A secretária-geral da Anistia Internacional, Irene
Khan, disse que o principal
motivo de sua viagem ao
Brasil é "abrir o diálogo com
o governo brasileiro" e afirmou que vê no país um potencial líder internacional.
"Queremos colocar na mesa nossas preocupações sobre direitos humanos no
Brasil, mas também nossas
expectativas do país como
um poder regional e internacional", disse Khan à Folha.
"Acabamos de falar sobre
a guerra ao terror e o retrocesso nos direitos humanos.
Neste momento, o Brasil e
seus líderes podem ter um
papel muito importante".
Khan não quis comentar o
desempenho do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva na
área de direitos humanos.
"Ainda é muito cedo. O que
espero é conhecer idéias
concretas, já que o comprometimento aos direitos humanos é muito claro."
Entre os temas que a ativista pretende discutir estão os
assassinatos cometidos por
policiais, as más condições
das prisões, torturas e o controle do comércio de armas
pequenas.
No último relatório sobre
o país, a Anistia enfatiza a
violência policial e diz que a
segurança no Brasil é "da
classe média para cima", enquanto os pobres sofrem nas
mãos de uma polícia mal remunerada e despreparada.
Khan comentou os recentes ataques a unidades policiais em São Paulo: "Há um
sério problema de violência
urbana envolvendo organizações criminosas, mas, por
outro lado, as mortes provocadas por policiais cresceram 35% nos últimos 12 meses. A resposta não é uma
polícia violenta, mas uma
polícia melhor, tanto para
proteger as pessoas quanto
para que ela não seja vítima
dessas organizações."
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