São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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Grupo denuncia roubo de provas

DA ASSOCIATED PRESS

As forças lideradas pelos EUA no Iraque não garantiram a segurança dos documentos do regime deposto de Saddam Hussein ou de valas comuns com os restos mortais de milhares de vítimas, afirmou a Human Rights Watch em um relatório divulgado ontem. Segundo o grupo de defesa dos direitos humanos, essa "negligência" pode comprometer gravemente o julgamento do ex-ditador iraquiano e seus colegas.
No texto, intitulado "Iraque: o Estado das Provas", a HRW diz que forças da coalizão liderada pelos EUA não impediram que milhares de documentos oficiais fossem roubados nos meses posteriores à invasão, em março de 2003. Os militares também não impediram que pessoas em busca dos restos mortais de parentes interferissem em algumas das mais de 250 valas comuns no país.
"Forças da coalizão não mobilizaram os profissionais e a assistência necessários para assegurar procedimentos adequados de classificação e exumação", disse Sarah Leah Whitson, diretora-executiva da divisão para Oriente Médio e Norte da África da HRW. "Conseqüentemente, é muito provável que provas cruciais tenham sido perdidas."
O Departamento da Defesa dos EUA não quis fazer comentários sobre o relatório, afirmando que o texto não fora lido até ontem.
Saddam foi preso em Bagdá em julho e é acusado, entre outras coisas, de matar adversários políticos ao longo de 30 anos.


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