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ORIENTE MÉDIO
Premiê diz que palestinos teriam 40% da Cisjordânia e 75% de Gaza; seleção escapou de atentado, diz jornal
Sharon detalha proposta de Estado palestino
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Ariel Sharon, admitiu publicamente ontem
a criação de um Estado palestino
nas zonas que eram administradas pela Autoridade Nacional Palestina antes do início da atual Intifada, o que corresponde a cerca
de 40% da Cisjordânia e a 75% da
faixa de Gaza.
"Dentro dos parâmetros fixados pelo presidente [dos EUA,
George W.] Bush, Israel aceitará a
criação de um Estado palestino
com fronteiras temporárias", disse Sharon. Ele já havia admitido a
criação do Estado, mas nunca tinha detalhado sua proposta.
A Autoridade Nacional Palestina rejeitou a idéia, dizendo que
ela não traz "nada de novo" em
relação às propostas israelenses
anteriores. Antes da atual Intifada, iniciada em setembro de 2000,
os palestinos recusaram uma
oferta territorial muito maior.
Sharon reafirmou que Israel
não pretende "conservar o controle" das zonas reocupadas na
Cisjordânia sob a alegação de
conter os ataques terroristas palestinos. Disse que o país manterá
"zonas de segurança" nos territórios, que o eventual Estado não
poderia ser militarizado e que Israel controlaria suas fronteiras e
seu espaço aéreo.
Sharon e seu partido, o Likud,
são favoritos nas eleições gerais de
janeiro. Os EUA pressionam Israel a oferecer incentivos concretos aos palestinos, buscando conseguir o fim da Intifada.
Terror
A seleção de futebol de Israel ficou sabendo, em 11 de outubro,
um dia antes de um jogo oficial
contra Malta, que um suposto
membro da rede Al Qaeda acabara de ser preso na ilha, disse o jornal israelense "Yediot Ahronot".
Não houve problemas durante
o jogo. Citando fontes anônimas,
o diário afirmou que a seleção
quase sofreu um atentado. Segundo o jornal, o suspeito era um tunisiano que vivia na Itália.
O técnico da seleção israelense,
Avraham Grant, confirmou ter
recebido a informação de que um
atentado à sua equipe tinha sido
evitado. Mas a polícia de Malta
negou que isso tenha ocorrido.
No caso dos atentados anti-Israel ocorridos no Quênia, na semana passada, a polícia afirmou
ter detido três novos suspeitos.
Em Gaza, helicópteros atacaram um prédio e mataram um
homem que estava no topo da lista dos terroristas mais procurados. Ainda em Gaza, um homem
e uma criança de cinco anos morreram em choques entre policiais
palestinos e o grupo extremista islâmico Hamas.
Com agências internacionais
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