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Igreja Episcopal racha e cria novo ramo por causa de divergência sobre gays
DO "NEW YORK TIMES"
Uma ala conservadora da
Igreja Episcopal americana
anunciou anteontem a fundação de uma denominação
própria. É o maior desafio à
autoridade da Igreja Episcopal, ramo da Igreja Anglicana nos EUA, desde que ela
ordenou um bispo abertamente gay, há cinco anos.
Os conservadores buscam
o aval de líderes da Comunhão Anglicana, terceira
maior denominação cristã
no mundo, para seu ramo. Se
o receberem, a iniciativa pode levar a novas deserções.
Nos últimos anos, dissidentes episcopalianos que
queriam permanecer na Comunhão Anglicana se filiaram à autoridade de bispos
na África e América Latina.
Se uma nova província (ramo) daria aos dissidentes
uma alternativa nos EUA,
por outro lado ela abriria
uma rivalidade na reivindicação do manto do cristianismo anglicano histórico.
A nova Igreja Anglicana na
América do Norte será liderada pelo bispo Robert Duncan, de Pittsburgh, e declara
que terá 100 mil membros,
contra os 2,3 milhões da
Igreja Episcopal.
Os conservadores alegam
que as igrejas dos EUA e do
Canadá romperam com o
cristianismo tradicional de
muitas formas, mas o que
precipitou o cisma foi a decisão de ordenar bispo Gene
Robinson, abertamente gay,
e de abençoar as uniões entre homossexuais.
Desde a ordenação, em
2003, as divisões na Igreja
Episcopal e na Comunhão
Anglicana cresceram e fomentaram protestos.
Em julho, primazes de
África, Austrália, América
Latina e Ásia se reuniram na
Conferência Global sobre o
Futuro da Igreja Anglicana e
assinaram uma declaração
saudando uma nova era da
Comunhão Anglicana. Algumas semanas mais tarde,
eles boicotaram a Conferência de Lambeth, encontro internacional de bispos anglicanos promovido na Inglaterra a cada dez anos.
Tradução de CLARA ALLAIN
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