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Otan promete 7.000 soldados à guerra afegã
DA REDAÇÃO
A Otan (aliança militar ocidental) prometeu ontem enviar mais 7.000 soldados ao
Afeganistão, em apoio à nova
estratégia do presidente dos
EUA, Barack Obama, que no
dia 1º decidiu mandar mais 30
mil combatentes americanos
para enfrentar a crescente insurgência do Taleban no país.
Com os novos reforços, o total de forças estrangeiras na
Guerra do Afeganistão deve
chegar perto de 140 mil. Mas
esse número, por enquanto, só
existe no papel: as listas compiladas ontem por fontes diplomáticas da Otan só mostravam
5.500 novos soldados -a origem dos demais 1.500 ainda
não está definida-, que serão
cedidos por 25 países, membros ou não da aliança. Os principais "cedentes" são Reino
Unido, com 1.200 soldados, e
Itália, com 1.140.
Além disso, o total anunciado
ontem inclui tropas já atuantes
no Afeganistão e que tinham
cronograma de saída definido,
mas que, dentro da nova estratégia, continuarão no país. E,
em contrapartida, o contingente deve perder 4.900 soldados
holandeses e canadenses atualmente em combate, que se preparam para abandonar o Afeganistão em 2010 e 2011.
Na quarta-feira, o analista
Eliot Cohen escreveu no "Wall
Street Journal" que só "truques
de contabilidade" farão com
que se alcance o número de tropas desejado pelo comandante
das forças de EUA e Otan no
Afeganistão, Stanley
McChrystal, que pedira 40 mil
soldados extras para o conflito.
O secretário-geral da Otan,
Anders Rasmussen, disse que
nos próximos meses mais nações devem contribuir com tropas. Alemanha e França -os
países europeus que têm, respectivamente, o segundo e o
terceiro maior contingente militar no Afeganistão- deixaram
a decisão sobre o eventual envio de mais tropas para janeiro,
durante conferência da ONU.
A chanceler americana, Hillary Clinton, que participou do
anúncio da Otan em Bruxelas,
admitiu o "cansaço" dos EUA
com a guerra e se disse satisfeita com as "contribuições significativas" de soldados e treinadores, cuja função é preparar as
forças afegãs para que tomem
as rédeas da segurança do país a
partir de 2011. "A necessidade
de novas tropas é urgente, mas
sua permanência não será indefinida", agregou Hillary.
Ao mesmo tempo, ela destacou que, apesar do plano de
Obama de terminar a guerra
em até três anos, "transição [de
controle para as tropas afegãs]
não significa a saída" das tropas
estrangeiras. "Essa é a nossa
primeira luta juntos. E precisamos terminá-la juntos", disse
Hillary à aliança militar. "Este é
um teste crucial para a Otan."
Com agências internacionais
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