São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Índice

memória

Start-1 sucedeu tratado fechado na Guerra Fria

DA REDAÇÃO

As centenas de páginas que compõem o Start-1 foram elaboradas ao longo de mais de seis anos de negociação, culminando com a assinatura do tratado em 31 de julho de 1991 pelos então líderes George H. W. Bush e Mikhail Gorbachev. Mas as discussões voltadas ao controle dos arsenais começara muito antes.
Ainda em maio de 1972, foi assinado o Salt-1, com um acordo interino que fixava como teto para mísseis de lançamento de armas estratégicas os níveis de então. Ao mesmo tempo, foi assinado também o TAB (Tratado Antimísseis Balísticos), que limitava locais permitidos para a instalação de sistemas de defesa antimísseis balísticos.
Em 1979, EUA e URSS assinaram o Salt-2, que pretendia reduzir as armas estratégicas existentes e frear o desenvolvimento de novos sistemas. Mas o texto não foi ratificado nos EUA.
O Salt-1 só caiu em desuso quando foi substituído pelo Start-1, que realmente forçou a redução dos arsenais estratégicos. Em 1993, Bush (pai) e o russo Boris Ieltsin assinaram o Start-2, que teria reduzido arsenais pela metade. A Duma (Parlamento russo) resistiu e exigiu um acordo sobre sistemas de defesa para sua entrada em vigor -jamais alcançado.
Já o TAB ficou em vigor durante 30 anos, até que George W. Bush optou por sair do tratado em 2002.
O governo americano propôs então o Sort (tratado de redução ofensiva estratégica, na sigla em inglês). Assinado em maio de 2002, o Sort limita cada lado a não mais de 1.700 a 2.200 ogivas nucleares estratégicas até 2012, mas sem regras para contagem e verificação. Apesar das falhas, após a assinatura do Sort, o governo Bush não investiu seriamente na redução dos arsenais. (AM)


Texto Anterior: Pacto nuclear EUA-Rússia expira sem acordo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.