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Hillary reúne "implacáveis" em máquina herdada de Clinton
DO "FINANCIAL TIMES"
Auxiliares de campanhas vão
e vêm. Mas os da pré-candidata
democrata Hillary Clinton parecem que estiveram sempre
ali. Pouquíssimos do leal grupo
de membros que integra a "Hillaryland" -designação originalmente dada ao círculo íntimo da ex-primeira dama durante os anos de Casa Branca-
são recém-chegados.
Largamente reconhecida como a mais coesa, experiente e
disciplinada equipe das campanhas deste ano, o grupo de Hillary é também o mais implacável. Figuras-chave são Patti Solis Doyle, que foi chefe de campanha de seu marido (e primeiro hispânico a comandar os planos de um candidato presidencial), e Mandy Grundwald, estrategista de comunicação da
candidata que está com os Clinton desde antes da vitória de
1992. Há também Terry McAuliffe, o arrecadador de campanha que conseguiu milhões para seu marido.
Analistas descrevem a equipe de Hillary como uma "máquina". Desde os operadores
sêniores que ajudaram a pioneira campanha de Bill Clinton
em 1992, é certamente o grupo
mais profissional já montado.
Mas essa potência pode ser
uma faca de dois gumes. O staff
da senadora controla rigidamente o acesso da imprensa a
Hillary. Um contraste com o
também pré-candidato democrata John Edwards, por exemplo, que permite uma acesso
fluído de jornalistas.
A mesma disciplina aparece
no vasto círculo de especialistas, que incluem os principais
pensadores dos anos Clinton.
Em política externa, a senadora
conta com Madeleine Albright,
ex-secretária de Estado, e uma
galáxia de conselheiros do establishment centrista. Do mesmo
modo, em economia conta com
os serviços (não pagos) de vários figurões democratas.
A maioria deles espera ter
bons postos caso ela seja eleita.
Alguns indubitavelmente serão
perdoados por quem quer que a
vença na corrida democrata.
Mas outros, incluindo Bill
Clinton, muitas vezes descrito
como "o melhor conselheiro
político do mundo", obviamente sairiam de cena em caso de
derrota de Hillary.
O ex-presidente, que pode
assumir um posto de "embaixador do mundo" ou se tornar negociador da paz do Oriente Médio em um governo da senadora, é por enquanto figura cada
vez mais freqüente na campanha. Ninguém precisa mais
lembrar o slogan "dois pelo
preço de um".
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