São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2008

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Hillary reúne "implacáveis" em máquina herdada de Clinton

DO "FINANCIAL TIMES"

Auxiliares de campanhas vão e vêm. Mas os da pré-candidata democrata Hillary Clinton parecem que estiveram sempre ali. Pouquíssimos do leal grupo de membros que integra a "Hillaryland" -designação originalmente dada ao círculo íntimo da ex-primeira dama durante os anos de Casa Branca- são recém-chegados.
Largamente reconhecida como a mais coesa, experiente e disciplinada equipe das campanhas deste ano, o grupo de Hillary é também o mais implacável. Figuras-chave são Patti Solis Doyle, que foi chefe de campanha de seu marido (e primeiro hispânico a comandar os planos de um candidato presidencial), e Mandy Grundwald, estrategista de comunicação da candidata que está com os Clinton desde antes da vitória de 1992. Há também Terry McAuliffe, o arrecadador de campanha que conseguiu milhões para seu marido.
Analistas descrevem a equipe de Hillary como uma "máquina". Desde os operadores sêniores que ajudaram a pioneira campanha de Bill Clinton em 1992, é certamente o grupo mais profissional já montado.
Mas essa potência pode ser uma faca de dois gumes. O staff da senadora controla rigidamente o acesso da imprensa a Hillary. Um contraste com o também pré-candidato democrata John Edwards, por exemplo, que permite uma acesso fluído de jornalistas.
A mesma disciplina aparece no vasto círculo de especialistas, que incluem os principais pensadores dos anos Clinton. Em política externa, a senadora conta com Madeleine Albright, ex-secretária de Estado, e uma galáxia de conselheiros do establishment centrista. Do mesmo modo, em economia conta com os serviços (não pagos) de vários figurões democratas.
A maioria deles espera ter bons postos caso ela seja eleita. Alguns indubitavelmente serão perdoados por quem quer que a vença na corrida democrata.
Mas outros, incluindo Bill Clinton, muitas vezes descrito como "o melhor conselheiro político do mundo", obviamente sairiam de cena em caso de derrota de Hillary.
O ex-presidente, que pode assumir um posto de "embaixador do mundo" ou se tornar negociador da paz do Oriente Médio em um governo da senadora, é por enquanto figura cada vez mais freqüente na campanha. Ninguém precisa mais lembrar o slogan "dois pelo preço de um".


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