DE NOVA YORK

No segundo dia de aplicação das novas medidas de segurança anunciadas pelo governo dos EUA, passageiros que desembarcaram no aeroporto internacional JFK em Nova York relataram a falta de padronização nas medidas de segurança adotadas em aeroportos e as dúvidas sobre o que pode ou não ser carregado na bagagem.
Na prática, aeroportos que funcionam como plataformas de distribuição de voos internacionais, como o de Dubai (nos Emirados Árabes), já estão adotando regras mais rígidas. Ferdous Alam chegou no começo da manhã de ontem de Bangladesh. Em seu país, não houve qualquer procedimento novo.
Na parada em Dubai, todos os passageiros tiveram as bagagens de mão revistadas e foram submetidos à revista corporal e passaram por scanner.
Chawa Gupta, que também chegou de Bangladesh, reclama dos exageros. "Bangladesh é um país pobre. Não temos tempo e nem recursos para ficar checando todo mundo. No aeroporto de Dubai, que é mais internacional, até meu batom tiraram da bagagem de mão."
Já Jaber Ismaeel, que voou diretamente de Dubai, reclamou dos procedimentos adotados na chegada à Nova York. "Há anos visito esse país. Venho a cada seis meses. Hoje, ao passar pela imigração, tive de cumprir todo o procedimento de alguém que visita o país pela primeira vez. Por que preciso perder meia hora adicional?".
Alguns passageiros relataram dificuldades nos aeroportos para cumprir os procedimentos sem provocar atrasos. Evelyn Rodriguez chegou ontem da República Dominicana e disse que a checagem tomou muito mais tempo do que em viagens anteriores. "Foi cansativo", disse.
Andrea Clemons, que chegou de viagem da Índia, afirmou que não se incomoda com revistas mais minuciosas desde que isso se traduza em maior segurança, mas afirma que é preciso evitar exageros.
"Na Índia, o procedimento foi o normal, o que já ocorria antes das novas restrições. Em Dubai, me disseram para tirar aquele saco plástico transparente, que diferença isso faz para a segurança?", disse.
O Departamento de Segurança Doméstica enviou funcionários para reuniões com os principais aeroportos internacionais da Ásia, África, Europa, América do Sul e Oriente Médio para definir como funcionariam as novas regras. (JL)


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