São Paulo, quinta-feira, 06 de janeiro de 2011

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Manifestação de chavistas atrai mais gente

DE CARACAS

Vestidos de branco e dividindo gomos de tangerina, pais, mães, cunhados e sobrinhos olhavam para uma pequena tela plana metros adiante, na qual os novos deputados oposicionistas da Assembleia Nacional da Venezuela discursavam.
"Estamos começando um longo caminho. O fato de estarmos lá de novo já é alguma coisa. Passamos esses 11 anos votando contra Chávez e não tem dado certo", explicava Diana Fernández, estilista de 29 anos.
"Temos de voltar a eleger nossos representantes", prosseguia ela.
Ao lado de Fernández, a tia aposentada Maria Rivero, concordava, mas se mostrava menos esperançosa.
"Chávez agora está se fazendo de democrata, elogiando a Assembleia. Mas quando a gente vir...", e simulava um presidente-leão abocanhando o Parlamento.
O grupo -que vinha de vários dos bairros mais abastados de Caracas- compunha a manifestação convocada pelos oposicionistas para apoiar os novos parlamentares num centro de Caracas meio vazio e com lojas fechadas, com cara ainda de festas de fim de ano.
Não havia estimativa de quantos se concentraram nos arredores do metrô La Hoyada.
O certo era que juntaram muitíssimo menos que os chavistas reunidos em uma praça a um punhado de quadras dali.
A Guarda Nacional, por segurança, isolou um enorme quadrilátero ao redor da Assembleia Nacional e nenhum dos grupos pôde chegar até o edifício.

CHAVISTAS
No lado chavista, se repetia a cena das manifestações tradicionais convocadas pelos governistas.
Como sempre, estavam engrossadas por centenas de funcionários públicos desfilando em blusas vermelhas, a cor que é o principal símbolo do chavismo.
Carlos Ortiz, 42, era uma exceção e comprava, com a filha e a mulher, um boné do PSUV, o partido que reúne os partidários do presidente venezuelano.
"A economia vai melhorar e vamos catapultar de novo a revolução", afirma ele. (FM)

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