São Paulo, quinta-feira, 06 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros ANÁLISE Debate toma como base a fatia do PIB gasta no país DAVID BROOKS DO "NEW YORK TIMES" A menos que algo grande e inesperado aconteça, 2011 será consumido por um debate sobre as dimensões do governo. Os republicanos criticarão o governo grande, como parte de seus esforços para reduzir gastos. Os democratas irão em defesa dos programas federais. Esse debate será contencioso, mas espero não estar sendo grosseiro ao apontar que o resultado não importa. O destino de uma nação não é decidido com base na proporção de seu PIB (Produto Interno Bruto) consumida pelos gastos federais, mas na maneira que o governo influencia o modo de vida das pessoas. A melhor forma de medir as dimensões do governo não é por volume, mas pelo que poderia ser definido como o Teste de Realizações. Ao longo das últimas décadas, os norte-americanos vêm travando guerras políticas como se tudo que importa fosse o montante absorvido pelos cofres federais. Mas em meio a essa distração, a sociedade perdeu valores. Se desejamos reverter a tendência do estado de bem-estar social que gasta muito em consumo e pouco em investimento, seria útil voltar a conferir posição na política do Teste de Realizações. O teste ajudaria a mente nacional a manter o foco em avançar para uma política com balanço entre consumo e investimento. Como parte do processo orçamentário, os republicanos defenderiam coisas que incentivariam as pessoas a aceitar riscos e ter liberdade para se ajustar à concorrência estrangeira. Os democratas defenderiam que todos tivessem ferramentas para competir. As duas agendas apresentam pontos de tensão, mas não são contraditórias. O que entusiasma é que tudo está em aberto. Milhares de propostas políticas em debate. Deveria ser possível tomar itens das duas agendas e criar um pacote que reduza o dinheiro do consumo. Que dimensão teria o governo resultante desse processo? É uma questão secundária. Se uma política promover mais realizações, todos deveríamos favorecê-la. Tradução de PAULO MIGLIACCI Texto Anterior: Oposição assume com blitz anti-Obama Próximo Texto: Minha História - Benedicto Fonseca Filho, 47: Ascensão na raça Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.