DA REDAÇÃO

Investigadores alemães anunciaram que irão pedir ao Egito autorização para investigar a morte do mais procurado nazista que se supunha vivo, o médico austríaco Aribert Heim, o "Doutor Morte". Anteontem, reportagem da TV alemã ZDF em parceria com o "New York Times" noticiou que Heim morreu em 1992 e está enterrado no Cairo, onde teria vivido por décadas.
A Polícia alemã declarou que a morte é plausível, mas que "é preciso tentar encontrar um corpo".
Já para Efraim Zuroff, diretor do Centro Simon Wiesenthal, a história traz "mais perguntas que respostas": "Não há corpo, DNA, túmulo. Há interesses em supô-lo morto". A entidade, dedicada à caça de nazistas, procurava Heim na América do Sul, inclusive no Brasil.
A ZDF e o "Times" encontraram documentos que provam a vida de Heim no Egito desde sua fuga da Alemanha, em 1962. No cemitério em que o corpo estaria enterrado, no entanto, os túmulos são reutilizados em poucos anos, o que torna difícil localizar os restos mortais.
Em 2005, a Polícia alemã encontrou uma conta de Heim com 1 milhão, que seus herdeiros não podem receber até que se prove a morte do titular. Heim, que hoje teria 94 anos, foi o responsável pelo extermínio de milhares de judeus nos campos de concentração nazistas na Alemanha e na Áustria.

Com agências internacionais

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