São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011

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Após inflação de alimentos, China aumenta juros

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A preocupação com a alta da inflação levou o Banco Central chinês a elevar ontem as taxas de juros do país. Foi o quarto aumento desde outubro do ano passado.
A escalada dos preços de alimentos criou uma tendência de aperto na política monetária (juros mais altos) não só nos países emergentes.
As economias desenvolvidas, que ainda sofrem com a crise financeira, enfrentam o dilema de segurar a inflação ou estimular o crescimento. O mercado financeiro aposta que vai prevalecer o controle de preços.
O BCE (Banco Central Europeu) deu indicações ao mercado de que amanhã pode elevar os juros, atualmente em 1%, a mínima histórica.
Nos Estados Unidos, o Fed (Federal Reserve) informou ontem que os diretores ainda estão divididos sobre o ajuste monetário. O presidente do banco, Ben Bernanke, disse que a inflação de alimentos deve ser passageira.
Na China, as taxas subirão em 0,25 ponto a partir de hoje. Os juros de empréstimos, que são comparáveis à Selic, ou seja, taxa básica do país, irão para 6,31%. Já a taxa de depósito sobe para 3,25%.
Essa segunda taxa foi um instrumento criado pelo país para controlar a poupança da população. Quando esse juro sobe, a população deixa o dinheiro rendendo nos bancos. E, com a queda da taxa, a população é estimulada a aumentar o consumo.
Os preços ao consumidor na China subiram 4,9% em fevereiro. Somente a inflação de alimentos registrou um aumento de 11%.
A alta dos juros terá como consequência possível uma pequena redução do crescimento econômico na China -a previsão atual do FMI para 2011 é de 9,5%.


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