São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011

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Visita ocorre em meio a pressão para soltar artista

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Em declarações em separado, União Europeia, EUA, Reino Unido, França e Alemanha exortaram a China a libertar o aclamado artista Ai Weiwei, um duro crítico do governo. Ele está desaparecido desde domingo, quando foi preso ao tentar embarcar em Pequim num voo rumo a Hong Kong.
O governo da presidente Dilma, que inicia uma visita à China na segunda-feira, não havia se pronunciado sobre a prisão do artista até o final desta edição.
O caso de Ai Weiwei, 53, é o mais notório da onda de repressão iniciada em meados de fevereiro pelo governo chinês, temeroso de que a onda de protestos no mundo árabe inspire manifestações pró-democracia no país.
Nesse período, foram detidos ou desapareceram 46 escritores, artistas, ativistas e advogados ligados à defesa dos direitos humanos, segundo levantamento do blog China Geeks.
Tido como o artista chinês contemporâneo mais reconhecido no mundo, Ai Weiwei expôs em vários países.
No Brasil, a obra "Círculo de Animais" participou da Bienal de São Paulo, no ano passado. Atualmente, uma instalação sua está em exibição no Tate Modern, o mais importante espaço de arte contemporânea em Londres.
Na China, ajudou no desenho do "Ninho de Pássaro", o Estádio Olímpico de Pequim, ícone dos Jogos Olímpicos de 2008.
Nos últimos dois anos, tem adotado um tom cada vez mais crítico ao governo. Ele é um dos poucos na China que defendem publicamente Liu Xiaobo, o ativista condenado a 11 anos de prisão que ganhou o prêmio Nobel da Paz, no ano passado.


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