São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011 |
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Falta de acordo nos EUA ameaça travar governo Obama Presidente não consegue acerto com republicanos para Orçamento deste ano; serviços podem ser suspensos Maioria no Congresso, oposição defende que se cortem do Orçamento quase US$ 6 trilhões nos próximos dez anos ÁLVARO FAGUNDES DE NOVA YORK O impasse entre democratas e republicanos sobre o Orçamento persistiu ontem, e a administração federal americana corre o risco de ter suspensa parte do seu funcionamento pela primeira vez desde 1996, repetindo o ocorrido no governo Bill Clinton. Os dois partidos não chegaram a um acordo para o Orçamento do ano fiscal de 2011 (que se encerra em 30 de setembro), e a autorização provisória para gastos do governo acaba na sexta. Sem uma prorrogação da autorização ou um acordo definitivo, o governo teria que cortar as operações não essenciais. Os republicanos, maioria na Câmara dos Representantes (deputados), querem um corte nos gastos que poderá chegar a US$ 40 bilhões. Após uma reunião de duas horas entre oposição e situação na Casa Branca, John Boehner, republicano líder da Câmara, afirmou que o partido vai continuar a lutar pelo "maior corte possível". O líder democrata no Senado, Harry Reid, disse que os opositores fazem tudo para agradar ao Tea Party (ala ultraconservadora). A diminuição nos gastos do governo foi uma das principais promessas dos republicanos para reconquistar a maioria entre os deputados e diminuir a vantagem democrata no Senado. O presidente Barack Obama disse que vai se reunir com os dois lados para resolver o impasse. Segundo ele, a interrupção dos serviços do governo é "a última coisa de que precisamos" em um momento em que a economia se recupera. Na maioria, os serviços fornecidos pelo governo continuariam a funcionar caso as negociações não se resolvam até sexta porque são considerados essenciais. Na última paralisação, quando Clinton também teve que enfrentar os republicanos com maioria, os parques e museus nacionais foram fechados e serviços como emissão de passaporte, interrompidos. As negociações para o Orçamento de 2012 também devem ser difíceis, já que os republicanos apresentaram ontem proposta de corte de US$ 179 bilhões nos gastos no próximo ano fiscal. Para os próximos dez anos, a oposição quer reduzir em US$ 5,8 trilhões os gastos (quase quatro vezes a economia do Brasil), mexendo no sistema de saúde, algo que dificilmente será aceito pelos democratas e por Obama. Texto Anterior: Análise: Esperar queda da inflação de alimentos é aposta arriscada para os BCs mundiais Próximo Texto: Foco: Republicanos citam Brasil em vídeo que critica democrata Índice | Comunicar Erros |
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