São Paulo, sábado, 06 de maio de 2006 |
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PANORÂMICA SUDÃO Acordo de paz é firmado entre governo e principal grupo rebelde de Darfur O governo do Sudão e a principal facção do movimento rebelde mais importante de Darfur assinaram nesta sexta-feira em Abuja, na Nigéria, o acordo de paz proposto pela União Africana e ratificado por Estados Unidos, União Européia e Liga Árabe. Ainda assim, o otimismo é moderado. Dois outros grupos rebeldes se recusaram a firmar o acordo, dizendo que ele é insuficiente nas garantias de divisão de poder e segurança e nas compensações para vítimas de guerra. Os rebeldes concordam em acusar o governo de não dar a devida atenção a sua região miserável. O acordo de paz estabelece um cessar-fogo e o desarmamento de milícias próximas do governo e acusadas por algumas das maiores atrocidades do conflito. Também a integração de milhares de combatentes rebeldes às Forças Armadas sudanesas e uma força de proteção policial para os civis depois do imediato fim da guerra. Politicamente, há a garantia de que as facções rebeldes tenham maioria nas assembléias regionais de Darfur. Mas elas não conseguiram a vice-presidência do país, que pediam. O vice-secretário de Estado americano, Robert Zoellick, disse que os dois menores grupos rebeldes que se negaram a assinar o acordo podem ser superados. Um deles rachou ontem mesmo, quando boa parte de seus integrantes se rebelou com a decisão dos líderes de não participar do acordo de paz. Para Zoellick, implementar o que foi assinado será um "grande desafio", mas a prioridade é a organização da força de paz que a ONU vai enviar para Darfur. O governo sudanês tinha rejeitado inicialmente que as forças de paz da União Africana, formadas por milhares de homens, fossem substituídas pelas das Nações Unidas. Mas voltou atrás e concordou com a presença da ONU para a assinatura do acordo. O conflito e a crise humanitária afetam Darfur há três anos. Várias estimativas internacionais apontam entre 180 mil e 300 mil mortos, além de 2,4 milhões de refugiados. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: China: Vaticano deve negociar, diz líder chinês Índice |
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