São Paulo, sábado, 06 de maio de 2006

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IRAQUE

Polícia mata menino de 14 anos por ser gay

JEROME TAYLOR
DO "INDEPENDENT"

Grupos de defesa dos direitos humanos condenaram o "bárbaro" assassinato de um menino de 14 anos que, de acordo com testemunhas, foi morto a tiros por policiais iraquianos diante de sua casa, pelo aparente "crime" de ser homossexual.
Ahmed Khalil foi fuzilado à queima roupa depois de ser abordado por homens usando uniformes da polícia, de acordo com seus vizinhos no bairro de al-Dura, em Bagdá.
Grupos de ativistas alertaram para uma elevação no número de mortes causadas por sentimentos homofóbicos de parte dos serviços estatais de segurança e das milícias religiosas iraquianas, depois de uma fatwa (decreto islâmico) contra os homossexuais promulgada pelo principal líder xiita iraquiano, aiatolá Ali al-Sistani.
Ali Hili, coordenador de um grupo de homossexuais iraquianos exilados que monitora os ataques a homossexuais realizados no país, disse que a fatwa havia instigado "uma caça às bruxas contra os homossexuais e lésbicas iraquianos, que inclui espancamentos, assassinatos e execuções". O jovem Ahmed foi vítima da pobreza", disse ele. "Foi executado sumariamente, aparentemente por elementos fundamentalistas da polícia iraquiana".
Vizinhos de Ahmed disseram que policiais haviam interrogado o pai da vítima dois dias antes do assassinato e o pressionaram para que ele falasse das atividades sexuais do menino.
Ontem, enquanto o novo governo iraquiano trabalha para montar um gabinete, seis engenheiros da empresa de petróleo iraquiana Northern Oil foram seqüestrados num ponto próximo à cidade de Kirkuk. Homens armados abordaram o carro em que eles estavam. Já em Babil, a explosão de uma bomba matou três soldados dos Estados Unidos.


Com agências internacionais


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