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IRAQUE
Polícia mata menino de 14 anos por ser gay
JEROME TAYLOR
DO "INDEPENDENT"
Grupos de defesa dos direitos
humanos condenaram o "bárbaro" assassinato de um menino de
14 anos que, de acordo com testemunhas, foi morto a tiros por policiais iraquianos diante de sua casa, pelo aparente "crime" de ser
homossexual.
Ahmed Khalil foi fuzilado à
queima roupa depois de ser abordado por homens usando uniformes da polícia, de acordo com
seus vizinhos no bairro de al-Dura, em Bagdá.
Grupos de ativistas alertaram
para uma elevação no número de
mortes causadas por sentimentos
homofóbicos de parte dos serviços estatais de segurança e das milícias religiosas iraquianas, depois
de uma fatwa (decreto islâmico)
contra os homossexuais promulgada pelo principal líder xiita iraquiano, aiatolá Ali al-Sistani.
Ali Hili, coordenador de um
grupo de homossexuais iraquianos exilados que monitora os ataques a homossexuais realizados
no país, disse que a fatwa havia
instigado "uma caça às bruxas
contra os homossexuais e lésbicas
iraquianos, que inclui espancamentos, assassinatos e execuções". O jovem Ahmed foi vítima
da pobreza", disse ele. "Foi executado sumariamente, aparentemente por elementos fundamentalistas da polícia iraquiana".
Vizinhos de Ahmed disseram
que policiais haviam interrogado
o pai da vítima dois dias antes do
assassinato e o pressionaram para
que ele falasse das atividades sexuais do menino.
Ontem, enquanto o novo governo iraquiano trabalha para montar um gabinete, seis engenheiros
da empresa de petróleo iraquiana
Northern Oil foram seqüestrados
num ponto próximo à cidade de
Kirkuk. Homens armados abordaram o carro em que eles estavam. Já em Babil, a explosão de
uma bomba matou três soldados
dos Estados Unidos.
Com agências internacionais
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