São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2011

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Tropas sírias ocupam periferia de Damasco e cidades do oeste

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Tropas do governo da Síria invadiram áreas na periferia da capital Damasco e sitiaram duas cidades no oeste do país na tentativa de conter manifestações contra o ditador Bashar Assad previstas para hoje.
O subúrbios de Saqba, Arbin e Tal foram invadidos por soldados e tanques na madrugada de ontem.
"Eles cortaram as comunicações antes de entrar na região. Não houve resistência. As manifestações de Saqba têm sido pacíficas", disse uma moradora que pediu para não se identificar.
O diretor-executivo do grupo de direitos humanos Insan, Wissam Tarif, afirmou que 260 pessoas foram presas em Sabqa, onde milhares de pessoas exigiram a deposição do ditador na semana passada.
Em Arbin e Tal os presos chegaram a 80 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, segundo a organização de direitos humanos Sawasiah.
Militares montaram barreiras de controle de acesso nos arredores das cidades de Rastan e Banias, que também foram palco de protestos na semana anterior.
As maiores manifestações antigoverno na Síria têm acontecido às sextas-feiras -dia das orações muçulmanas, única ocasião em que reuniões públicas são permitidas pelo regime. Grupos de direitos humanos estimam que as forças de segurança do país teriam matado mais de 560 pessoas desde o início dos protestos no país em 18 de março.

DARAA
Tropas sírias começaram nesta semana a se retirar gradualmente de Daraa. Os protestos contra o ditador sírio, inspirados na onda de revoluções que já derrubou dois regimes árabes, começaram naquela cidade depois que jovens foram presos por fazer pichações antigoverno.
O regime mandou tropas à região no dia 25 de abril a fim de sufocar os protestos.
O governo sírio sustenta que as manifestações na cidade estariam sendo incitadas por "terroristas", e assim justifica ações violentas contra a população.
Embora boa parte das tropas já tenha se retirado da cidade -pois o governo já considera a situação controlada-, a polícia e forças de segurança ainda mantêm postos de controle nos principais acessos da localidade.
Ontem a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que seu país estuda aplicar sanções à Síria devido aos "ataques brutais" contra a população civil. O chanceler italiano, Franco Frattini, apoiou os EUA.


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