São Paulo, segunda-feira, 06 de junho de 2005

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Órgão guarda lugar para Cuba livre, diz Rice

DO ENVIADO ESPECIAL A FORT LAUDERDALE

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, criticou duramente ontem a ditadura de Cuba, em seu discurso de abertura da Assembléia Geral da OEA, sugerindo que a "impaciência" dos cubanos com o regime e a pobreza poderá resultar na queda de Fidel Castro. Fundadora da OEA, Cuba foi expulsa da organização em 1962.
"Nós devemos agir com nossa Carta [Democrática Interamericana] para fazer avançar a democracia onde ela está ausente. Trinta e quatro nações ganharam merecidamente seu lugar nesta grande organização democrática. Mas permanece um assento aberto na mesa -uma cadeira que um dia será ocupada por representantes de uma Cuba livre e democrática", disse a secretária de Estado, recebendo aplausos de chanceleres e embaixadores.
O exemplo usado pela secretária para defender os benefícios da democracia na ilha de Castro foi a economia: "Aqui na Flórida, podemos vislumbrar o futuro potencial de uma Cuba livre. Recentemente, em 1999, os 2 milhões de cubanos nos Estados Unidos ganharam em conjunto US$ 14 bilhões. Agora, compare isso com a Cuba de Castro, um país de 11 milhões de cidadãos e um PIB pouco maior que US$ 1 bilhão. A lição é clara: quando governos promovem a igualdade de oportunidades, todas as pessoas podem prosperar na liberdade".
Ao falar sobre impaciência, Rice citou "impacientes patriotas" que lideraram a transformação democrática da América Latina e do Caribe, depois das recentes ditaduras militares na região. "E serão esses mesmos patriotas impacientes que vão assegurar que todo cidadão das Américas um dia compartilharão totalmente as bênçãos da democracia", disse.

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