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Cai o número de presos políticos em Cuba
Influem na queda pressão sobre regime e mudança no jeito de reprimir, diz comissão
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O total de presos políticos
em Cuba caiu de 201, em
2009, para 167 na primeira
metade de 2010 -a quantidade mais baixa desde a Revolução de 1959. A informação é da Comissão de Direitos
Humanos de Cuba (ilegal,
mas tolerada por Havana).
Elizardo Sánchez, líder da
comissão, atribui a redução
ao cumprimento das penas, e
não "ao fim da repressão".
Mas também cita fatores políticos: primeiro, a pressão sobre o regime, que teve seu pico em fevereiro, com a morte,
por greve de fome, do preso
político Orlando Zapata.
Segundo, uma mudança
na "forma de repressão": em
vez de manter os detentos encarcerados por anos, o Estado estaria aplicando mais detenções "arbitrárias de curta
duração" -já houve 802 do
tipo neste ano- para intimidar dissidentes, diz Sánchez.
Em contrapartida, ele diz
também que é esperada para
breve a libertação de entre 30
e 40 detentos políticos.
A expectativa por libertações cresce com a chegada a
Cuba, ontem, do chanceler
espanhol Miguel Ángel Moratinos, para "acompanhar"
o diálogo aberto em maio entre a Igreja e o Estado -mediação que levou à soltura de
um preso doente e à transferência de 12 detentos.
Outro ponto na agenda de
Moratinos é a saúde de Guillermo Fariñas, em greve de
fome há quatro meses. O jornal estatal "Granma" escreveu que o dissidente corre
risco de morte, apesar dos
cuidados médicos. A dissidência interpretou a reportagem como uma tentativa de
Havana "evadir responsabilidades" caso Fariñas morra.
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