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ÁFRICA
Presidente Taylor pode atrapalhar processo de paz
Libéria vive dia de reconciliação após chegada de força internacional
DA REDAÇÃO
Combatentes inimigos se abraçaram ontem numa ponte que foi
palco de sangrentos conflitos na
capital da Libéria, Monróvia, enquanto soldados de manutenção
da paz da Ecowas (Comunidade
Econômica dos Países do Oeste
Africano), apoiados por navios de
guerra americanos, tentavam restabelecer a ordem, buscando pôr
fim a 14 anos de guerra civil.
Mas um novo problema surgiu
ontem, quando a Nigéria disse
que o presidente Charles Taylor
não pretendia mais aceitar sua
oferta de asilo. Segundo os nigerianos, Taylor só aceitaria deixar
o poder se uma corte, apoiada pela ONU, que investiga crimes de
guerra em Serra Leoa abandonasse as acusações já feitas contra ele.
No primeiro semestre de 2003,
Taylor foi acusado de crimes de
guerra por essa corte -por conta
de seu suposto envolvimento com
rebeldes leoneses.
O dia mais calmo na cidade nas
últimas duas semanas permitiu
que a população, cansada da
guerra e da destruição por ela
causada, saísse às ruas à procura
de comida e água. Antes, apesar
da fome e da sede, a maior parte
da pessoas preferia ficar nos centros de refugiados dirigidos por
agências da ONU ou por organizações não-governamentais.
A esperança voltou à capital liberiana depois que 198 soldados
nigerianos desembarcaram em
seu aeroporto, anteontem. Ontem, outros 70 militares da Ecowas chegaram à cidade. Os EUA
ainda não decidiram se enviarão
soldados ao território liberiano.
Desde junho, os combates mataram cerca de 2.000 pessoas. A Libéria foi fundada, no século 19,
por escravos americanos libertos.
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