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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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ÁFRICA

Presidente Taylor pode atrapalhar processo de paz

Libéria vive dia de reconciliação após chegada de força internacional

DA REDAÇÃO

Combatentes inimigos se abraçaram ontem numa ponte que foi palco de sangrentos conflitos na capital da Libéria, Monróvia, enquanto soldados de manutenção da paz da Ecowas (Comunidade Econômica dos Países do Oeste Africano), apoiados por navios de guerra americanos, tentavam restabelecer a ordem, buscando pôr fim a 14 anos de guerra civil.
Mas um novo problema surgiu ontem, quando a Nigéria disse que o presidente Charles Taylor não pretendia mais aceitar sua oferta de asilo. Segundo os nigerianos, Taylor só aceitaria deixar o poder se uma corte, apoiada pela ONU, que investiga crimes de guerra em Serra Leoa abandonasse as acusações já feitas contra ele.
No primeiro semestre de 2003, Taylor foi acusado de crimes de guerra por essa corte -por conta de seu suposto envolvimento com rebeldes leoneses.
O dia mais calmo na cidade nas últimas duas semanas permitiu que a população, cansada da guerra e da destruição por ela causada, saísse às ruas à procura de comida e água. Antes, apesar da fome e da sede, a maior parte da pessoas preferia ficar nos centros de refugiados dirigidos por agências da ONU ou por organizações não-governamentais.
A esperança voltou à capital liberiana depois que 198 soldados nigerianos desembarcaram em seu aeroporto, anteontem. Ontem, outros 70 militares da Ecowas chegaram à cidade. Os EUA ainda não decidiram se enviarão soldados ao território liberiano. Desde junho, os combates mataram cerca de 2.000 pessoas. A Libéria foi fundada, no século 19, por escravos americanos libertos.


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