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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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BOLÍVIA

Aprovado por apenas 9%, governo busca alianças

Sánchez de Lozada muda ministros para tentar conter impopularidade

DA REDAÇÃO

O presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, anunciou ontem uma ampla reformulação de seu gabinete, com a incorporação, à coalizão governista, da populista Nova Força Republicana (NFR, direita). Sánchez de Lozada, que completa hoje o primeiro de seus cinco anos de mandato, tem a aprovação de apenas 9% dos bolivianos, segundo uma pesquisa divulgada anteontem.
O presidente enfrenta uma profunda crise econômica e uma crescente instabilidade política e social. Em fevereiro, ele foi obrigado a cancelar um pacote de medidas econômicas impopulares após protestos generalizados que deixaram ao menos 27 mortos.
A aliança com a NFR, que recebeu vários ministérios, garantirá ao governo a maioria absoluta na Câmara dos Deputados e no Senado. "Nós temos apenas um objetivo aqui: resolver a crise econômica, a corrupção e a marginalização da sociedade", afirmou Sánchez de Lozada após assinar o acordo com a NFR, no palácio presidencial, em La Paz.
A instabilidade política na Bolívia vem provocando temores nos EUA sobre a capacidade do país de levar adiante a política de combate ao narcotráfico financiada pelo governo americano.
O combate às plantações de coca, matéria-prima para a cocaína, é um dos principais pontos de tensão social na Bolívia. O líder cocaleiro Evo Morales, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais do ano passado, está à frente da principal força oposicionista do país, o MAS (Movimento ao Socialismo).


Com agências internacionais

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