São Paulo, sábado, 06 de agosto de 2011

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Queda do desemprego é alívio passageiro

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

Em tempos menos turbulentos, a criação de 117 mil vagas nos EUA seria considerada medíocre, mas neste momento o resultado obtido em julho foi recebido com alívio.
O mercado de trabalho não tinha um mês tão bom desde abril e, mais importante, o resultado veio em um período de dados muito ruins para a maior economia global: os consumidores cortaram gastos, a indústria está perto da retração e o PIB do segundo trimestre foi fraco.
Neste cenário, a geração de vagas surpreendeu analistas -a taxa de desemprego recuou de 9,2% para 9,1%.
Mas economistas consideram que os EUA precisam criar em torno de 150 mil vagas por mês apenas para atender quem ingressa pela primeira vez no mercado de trabalho.
Considerando que milhões de postos foram perdidos entre 2008 e 2010, o resultado ficou distante do mínimo necessário para diminuir esse contingente.
"Precisamos criar um ciclo autossustentável em que as pessoas gastem, as empresas contratem e a economia cresça. Sabemos que isso vai levar algum tempo", disse em Washington o presidente americano, Barack Obama.
"Mas o que desejo que o povo americano e os nossos parceiros em todo mundo entendam é que vamos superar isso, as coisas vão melhorar."
A melhora do mercado de trabalho é considerada fundamental para o sucesso da sua reeleição no ano que vem. Quando ele assumiu a Presidência dos EUA, a taxa de desemprego era de 7,8%.
Mas a capacidade de o governo afetar a economia positivamente é pequena, ainda mais depois do acerto nesta semana para elevar o teto da dívida, que determinou, em um primeiro momento, o corte de cerca de US$ 917 bilhões em gastos públicos.
Ontem, Obama propôs a criação de um programa de US$ 120 milhões em créditos para empresas que contratarem oficiais que retornaram do Iraque e do Afeganistão.
A taxa de desemprego entre esses soldados é de 12,4%, 3,3 pontos acima da média.


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