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Câmara debate Venezuela no Mercosul
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No primeiro debate sobre a
entrada da Venezuela no Mercosul realizado pela Comissão
de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, a CNI (Confederação
Nacional da Indústria) criticou
a falta de transparência e estranhou a agilidade do processo de
adesão, enquanto o Itamaraty
destacou aspectos democráticos do governo de Hugo Chávez
e insistiu nos benefícios econômicos para o Brasil.
Segundo Soraia Rosar, diretora de Negociações Internacionais da CNI, outro problema
identificado pelos empresários
nacionais é a insegurança de
parceiros tradicionais do Brasil, como os europeus. De acordo com relatos ouvidos pela
CNI, eles temeriam a influência de Chávez em futuras negociações do Mercosul.
Ela acrescentou que há "insegurança sobre normas de comércio de bens" e "cronogramas desequilibrados", além da
"falta de transparência".
"O que pleiteamos é que a Venezuela cumpra com o processo de adesão agora e que fique
claro um período de transição
tranqüilo e sem sobressaltos do
empresariado", afirmou.
O embaixador Afonso Cardoso, diretor do Departamento de
Integração do Itamaraty, afirmou que a Venezuela comprometeu-se com a chamada cláusula democrática do Mercosul e
não haveria razões para duvidar de seu descumprimento.
Ele rebateu a crítica dos empresários europeus dizendo
que a Venezuela trará demandas, mas também ampliará
oportunidades aos parceiros do
Mercosul.
O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul deve ser
votado na próxima quarta-feira. A adesão já foi aprovada por
Argentina e Uruguai. Há dois
meses, Chávez reclamou publicamente da demora do Congresso brasileiro e chegou a dar
um ultimato aos congressistas,
mas voltou atrás.
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