DA REDAÇÃO

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu ontem para analisar um pedido da Síria, que integra o corpo, para que seja votada uma resolução condenando Israel pelo bombardeio de ontem contra o território sírio.
O embaixador da Síria nas Nações Unidas, Fayssal Mekdad, disse que a ação israelense foi "uma flagrante agressão e não um incidente isolado". O diplomata acusou Israel de desrespeitar as leis internacionais e as resoluções adotadas pelo CS.
A resolução proposta pela Síria, único país árabe que integra o CS da ONU, pede a condenação do ataque de Israel "contra a soberania e o território sírio". Damasco pede ainda que "Israel desista desse tipo de ato e de ameaças que podem levar a uma perigosa deterioração da paz e da segurança no Oriente Médio".
Não está definido quando o CS votará a resolução. Mas dificilmente isso aconteceria até o encerramento da reunião de ontem.
O embaixador de Israel na ONU, Dan Gillerman, foi duro na sua resposta ao texto proposto pela Síria e acusou o regime do ditador Bashar Al Assad de dar abrigo a terroristas.
Segundo o diplomata israelense, "a Síria dá abrigo e apoio logístico e financeiro a organizações terroristas". Gillerman afirmou que a resposta israelense foi uma "defesa comedida, um ato de autodefesa em acordo com as leis internacionais".
O embaixador se mostrou irritado com a convocação do CS durante um feriado sagrado para os judeus, como o Yom Kippur.
O embaixador dos EUA na ONU, John Negroponte, disse que seu país acredita que "a Síria está do lado errado na guerra contra o terrorismo".

Liga Árabe
A Liga Árabe decidiu se reunir ontem no Cairo (Egito) para discutir o ataque o israelense. No mundo árabe, diversos governos condenaram a ação de Israel.