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Arafat decreta estado de emergência
DA REDAÇÃO
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser
Arafat, decretou estado de emergência e instalou um "gabinete
emergencial" sob o comando do
premiê designado, Ahmed Korei,
que terá oito integrantes.
Segundo Nabil Abu Rudeinah,
assessor de Arafat, o decreto busca impedir o agravamento da situação na região.
No entanto analistas afirmam
que a medida indica uma possível
estratégia de Arafat para evitar
que Israel o expulse dos territórios palestinos após atentado do
Jihad Islâmico anteontem em
Haifa (norte de Israel) ter matado
ao menos 19 pessoas.
No mês passado, o governo do
premiê israelense, Ariel Sharon,
ameaçou expulsar Arafat, porém
sem determinar uma data fixa. Segundo Israel, o líder palestino está
envolvido com atividades terroristas, sendo um obstáculo ao plano de paz. Arafat nega. A expulsão de Arafat somente não teria
ocorrido até agora porque os
EUA estariam contendo Israel.
Korei
Segundo analistas, os EUA estariam dispostos a dar uma chance
ao premiê designado de tentar
implementar o plano de paz. Uma
ação israelense contra Arafat provavelmente provocaria um caos
nas áreas palestinas, obrigando
Korei a renunciar.
Para os americanos, o premiê
designado é uma das melhores alternativas para a paz após a renúncia do ex-primeiro-ministro
palestino Abu Mazen.
Apesar da confiança dos EUA,
Korei não está disposto a enfrentar os grupos terroristas.
Segundo o decreto de Arafat,
Korei deve tomar posse imediatamente. Inicialmente, estava previsto que Korei apresentasse o seu
ministério para aprovação do
Parlamento palestino apenas na
quarta-feira.
Há quase dois anos, Arafat vive
em seu QG em Ramallah (Cisjordânia), de onde é impedido de
sair por Israel.
Com agências internacionais
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