São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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País deverá ser ressarcido apenas de forma parcial

DE SÃO PAULO

O Brasil terá gastos com mantimentos, armamentos e manutenção de equipamentos na missão do Líbano. Apenas parte desses gastos será ressarcida pela ONU.
Não existe ainda um cálculo do custo. Além do soldo normal do governo brasileiro, os militares que servem em missões de paz recebem complementação paga pela organização internacional.
Na missão do Haiti, a remuneração mensal varia entre R$ 1.652 (soldados) e R$ 7.480 (generais)
Historicamente, o Brasil prefere investir em equipamentos e alimentação de padrão mais elevado do que o solicitado pela ONU. Por isso, o índice de ressarcimento dificilmente supera 40%.
Um exemplo disso é a missão de paz no Haiti. Desde o início da operação, em 2004, o Brasil investiu aproximadamente R$ 1,3 bilhão para treinar e enviar militares ao país caribenho.
Até agora o reembolso pago pela ONU foi de R$ 328 milhões (25% do valor investido). Ou seja, o Brasil gastou perto de R$ 1 bilhão.
Isso significa, por um lado, que o militar brasileiro atua no exterior com materiais de qualidade superior.
Mas também é indício de que nem sempre o país consegue cumprir as normas do complexo sistema de pagamentos por uso de tropas.
Por levar equipamentos de padrão diferente do exigido, o país acaba não sendo reembolsado pela ONU.
O Brasil tem um centro de treinamento para missões de paz, no Rio de Janeiro, mas não tem unidades militares específicas para participar desse tipo de missão. Por isso, a seleção dos interessados em participar costuma ser voluntária.
(FZ e LK)


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