São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ação preventiva de Israel em Gaza ameaça cessar-fogo com Hamas

Trata-se do primeiro confronto direto desde a trégua acordada em junho

DA REDAÇÃO

O cessar-fogo entre Israel e Hamas está ameaçado depois que tropas israelenses realizaram um ataque aéreo à faixa de Gaza, no final da noite de anteontem, matando pelo menos cinco militantes palestinos. Em resposta, o grupo radical disparou cerca de 40 foguetes contra o território de Israel. Não há registro de vítimas. É o mais grave conflito entre os dois lados desde que a trégua passou a vigorar, em junho deste ano.
O Exército israelense disse que a operação visava destruir um túnel descoberto de cerca de 250 metros, que seria usado para seqüestrar soldados. Afirma ainda que a ação não violou o cessar-fogo e que foi um ato preventivo para pôr fim à ameaça vinda de Gaza, território controlado pelo Hamas.
"Nós enfatizamos que esta é uma operação pontual para debelar uma ameaça imediata e que não temos nenhuma intenção de terminar o cessar-fogo", afirmou a porta-voz do Exército israelense. Ela disse, ainda, que as tropas deixarão Gaza assim que o túnel for destruído.
Mas Taher Nunu, um porta-voz do governo palestino, disse que o Hamas considerou o ataque aéreo uma violação do cessar-fogo. "Essa é a mais séria ruptura nos acordos cessar-fogo", disse Nunu. Fontes do grupo islâmico, disseram, porém, que a situação deve se acalmar se Israel não retaliar os disparos de foguetes.
Desde que a trégua foi acordada, houve apenas um confronto entre os dois lados, quando um adolescente palestino foi morto por tropas israelenses, na fronteira de Gaza.
O pacto entre israelenses e palestinos, mediado pelo Egito, conteve o ciclo de ataques de foguetes realizado por militantes do Hamas e de retaliações de Israel. Antes, os disparos contínuos que atingiam o sul de Israel motivaram Tel Aviv a fechar a fronteira com o território palestino. Pelo acordo, Israel deve suspender o bloqueio gradualmente e o Hamas, por sua vez, deve suspender os ataques. Desde a retomada das negociações de paz há um ano, 544 pessoas morreram, quase todos palestinos -a maioria militantes de grupos armados.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Ataque aéreo dos EUA mata 40 civis no Afeganistão
Próximo Texto: Queda de avião mata ministro mexicano
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.