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Ação preventiva de Israel em Gaza ameaça cessar-fogo com Hamas
Trata-se do primeiro confronto direto desde a trégua acordada em junho
DA REDAÇÃO
O cessar-fogo entre Israel e
Hamas está ameaçado depois
que tropas israelenses realizaram um ataque aéreo à faixa de
Gaza, no final da noite de anteontem, matando pelo menos
cinco militantes palestinos. Em
resposta, o grupo radical disparou cerca de 40 foguetes contra
o território de Israel. Não há registro de vítimas. É o mais grave conflito entre os dois lados
desde que a trégua passou a vigorar, em junho deste ano.
O Exército israelense disse
que a operação visava destruir
um túnel descoberto de cerca
de 250 metros, que seria usado
para seqüestrar soldados. Afirma ainda que a ação não violou
o cessar-fogo e que foi um ato
preventivo para pôr fim à
ameaça vinda de Gaza, território controlado pelo Hamas.
"Nós enfatizamos que esta é
uma operação pontual para debelar uma ameaça imediata e
que não temos nenhuma intenção de terminar o cessar-fogo",
afirmou a porta-voz do Exército israelense. Ela disse, ainda,
que as tropas deixarão Gaza assim que o túnel for destruído.
Mas Taher Nunu, um porta-voz do governo palestino, disse
que o Hamas considerou o ataque aéreo uma violação do cessar-fogo. "Essa é a mais séria
ruptura nos acordos cessar-fogo", disse Nunu. Fontes do grupo islâmico, disseram, porém,
que a situação deve se acalmar
se Israel não retaliar os disparos de foguetes.
Desde que a trégua foi acordada, houve apenas um confronto entre os dois lados,
quando um adolescente palestino foi morto por tropas israelenses, na fronteira de Gaza.
O pacto entre israelenses e
palestinos, mediado pelo Egito,
conteve o ciclo de ataques de
foguetes realizado por militantes do Hamas e de retaliações
de Israel. Antes, os disparos
contínuos que atingiam o sul de
Israel motivaram Tel Aviv a fechar a fronteira com o território palestino. Pelo acordo, Israel deve suspender o bloqueio
gradualmente e o Hamas, por
sua vez, deve suspender os ataques. Desde a retomada das negociações de paz há um ano,
544 pessoas morreram, quase
todos palestinos -a maioria
militantes de grupos armados.
Com agências internacionais
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