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PERU
Protesto deixa um morto no sul; governo envia Exército
DA REDAÇÃO
Ao menos uma pessoa
morreu e outra ficou gravemente ferida como resultado
dos confrontos entre a polícia e manifestantes em Tacna, no sul do Peru. O governo
Alan García decretou estado
de emergência no departamento anteontem para conter os protestos contra a nova lei da mineração que já
duram uma semana.
A medida de exceção vigorará por 30 dias e inclui o envio das Forças Armadas à região e a restrição para reuniões públicas e deslocamento. A decisão veio depois que
milhares de pessoas atacaram e incendiaram instalações públicas na cidade de
Tacna, capital do departamento, anteontem. Os postos policiais foram invadidos
e controlados.
Segundo a imprensa local e
a agência EFE, em meio aos
confrontos, Ronald Gamarra
Chauca, 37, levou um tiro,
chegou a ser atendido, mas
morreu no hospital ontem.
No sábado, um homem já havia sido morto em em enfrentamento com a polícia.
Outro homem levou um tiro na cabeça e está internado
em estado grave. Um bebê,
segundo a agência de notícias, teria morrido asfixiado
pelo gás lacrimogêneo lançado pelos policiais. Ao todo,
45 pessoas ficaram feridas.
Outros 64 foram detidos.
Ontem, em desafio ao estado de emergência e apesar da
presença do Exército, um
grupo fez um panelaço na
praça principal da cidade e
pôs fogo em árvores. O comércio da capital, na fronteira com o Chile, fechou. Segundo as TVs locais, bandidos aproveitaram os protestos para espalhar o caos.
Os manifestantes, agrupados na Frente de Defesa de
Tacna, querem a revogação
da nova lei da mineração que
muda a distribuição de royalties -o departamente perde
recursos no novo cálculo.
Eles exigem que o governo
envie uma comissão graduada à região. Ontem, o primeiro-ministro, Yehude Simon,
afirmou que Lima só negociará quando acabarem as
ações violentas.
Com agências internacionais
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