São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2008

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PERU

Protesto deixa um morto no sul; governo envia Exército

DA REDAÇÃO

Ao menos uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida como resultado dos confrontos entre a polícia e manifestantes em Tacna, no sul do Peru. O governo Alan García decretou estado de emergência no departamento anteontem para conter os protestos contra a nova lei da mineração que já duram uma semana.
A medida de exceção vigorará por 30 dias e inclui o envio das Forças Armadas à região e a restrição para reuniões públicas e deslocamento. A decisão veio depois que milhares de pessoas atacaram e incendiaram instalações públicas na cidade de Tacna, capital do departamento, anteontem. Os postos policiais foram invadidos e controlados.
Segundo a imprensa local e a agência EFE, em meio aos confrontos, Ronald Gamarra Chauca, 37, levou um tiro, chegou a ser atendido, mas morreu no hospital ontem. No sábado, um homem já havia sido morto em em enfrentamento com a polícia.
Outro homem levou um tiro na cabeça e está internado em estado grave. Um bebê, segundo a agência de notícias, teria morrido asfixiado pelo gás lacrimogêneo lançado pelos policiais. Ao todo, 45 pessoas ficaram feridas. Outros 64 foram detidos.
Ontem, em desafio ao estado de emergência e apesar da presença do Exército, um grupo fez um panelaço na praça principal da cidade e pôs fogo em árvores. O comércio da capital, na fronteira com o Chile, fechou. Segundo as TVs locais, bandidos aproveitaram os protestos para espalhar o caos.
Os manifestantes, agrupados na Frente de Defesa de Tacna, querem a revogação da nova lei da mineração que muda a distribuição de royalties -o departamente perde recursos no novo cálculo. Eles exigem que o governo envie uma comissão graduada à região. Ontem, o primeiro-ministro, Yehude Simon, afirmou que Lima só negociará quando acabarem as ações violentas.


Com agências internacionais


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