São Paulo, quarta-feira, 06 de dezembro de 2006

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ESPERA NO CHILE

Pinochet superou fase aguda da crise, dizem seus médicos

DA REDAÇÃO

A equipe médica que acompanha o ex-ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990) considera que ele já superou "as 48 horas críticas" que se seguiram ao infarto na madrugada de domingo e afirma que sua recuperação é "normal e adequada". O médico Ignacio Vergara, do Hospital Militar de Santiago, disse que autorizaria o paciente de 91 anos a fazer exercícios com um fisioterapeuta. Também negou que o mal cardíaco tenha sido artificialmente exagerado para que Pinochet obtivesse a suspensão dos processos penais dos quais é réu.
O advogado Hugo Gutiérrez, assistente da acusação em um desses processos, afirmou que "já estaria morto" um paciente tão idoso, internado com infarto e edema pulmonar, agravados pela diabetes e Alzheimer.
Prossegue, enquanto isso, a controvérsia sobre o protocolo a ser seguido em caso de morte de Pinochet. A presidente Michelle Bachelet recusou-se a comentar.
Mas o jornal "La Tercera" disse que ela, ao receber o comandante do Exército, general Óscar Izurieta, determinou que as homenagens se mantenham circunscritas às Forças Armadas, com velório na capela da Escola Militar. O governo -que não decretaria luto oficial de três dias- seria representado pela ministra da Defesa.
Lucía Pinochet Hiriart, filha do ex-ditador, qualificou ontem de "inaceitável" a possibilidade de o governo não decretar luto oficial
Mas um outro filho de Pinochet, Marco Antonio, declarara em agosto que não interessava à família associar-se ao governo nos funerais de seu pai, porque "se trata de um governo de esquerda".


Com agências internacionais


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