São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

memória

Ação remete a guerras passadas

DA REDAÇÃO

Uma ação militar israelense contra um alvo que supostamente abrigava membros de um grupo considerado terrorista.
Dezenas de vítimas civis.
Revolta no entorno árabe e condenação internacional. Promessas de investigação por parte de Israel.
A descrição remete ao bombardeio realizado ontem contra a escola da ONU na faixa de Gaza, mas serve para ao menos três outros episódios do trágico histórico de confrontos entre Israel e seus inimigos vizinhos a norte e sul.
Em 1982, o palco foram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, em Beirute, Líbano. No episódio, entre mil e 3.000 civis, segundo estimativas, foram massacrados por milícias cristãs libanesas com a anuência dos militares israelenses.
O contexto foi uma ofensiva israelense contra milicianos da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), então considerada um grupo terrorista, sediados na região. A ação marcou o início da ocupação do sul libanês, encerrada só em 2000.
Em 1996, um cenário parecido: nova ofensiva israelense na região, agora contra o grupo xiita libanês Hizbollah -fundado justamente em 1982. Em meio à operação Vinhas da Ira, uma base de forças de paz da ONU na cidade de Qana, próxima a fronteira de Israel, foi alvejada, matando mais de cem civis.
Dez anos mais tarde, na última incursão de Israel ao Líbano, em retaliação ao sequestro de três soldados pelo Hizbollah, novamente a cidade de Qana foi alvo de bombardeios. Desta vez, um prédio de três andares que servia de refúgio para civis desabou, matando 56 pessoas.


Texto Anterior: Israel mata ao menos 30 em escola da ONU
Próximo Texto: Obama promete engajar-se após posse
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.