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memória
Ação remete a guerras passadas
DA REDAÇÃO
Uma ação militar israelense contra um alvo que
supostamente abrigava
membros de um grupo
considerado terrorista.
Dezenas de vítimas civis.
Revolta no entorno árabe
e condenação internacional. Promessas de investigação por parte de Israel.
A descrição remete ao
bombardeio realizado ontem contra a escola da
ONU na faixa de Gaza, mas
serve para ao menos três
outros episódios do trágico histórico de confrontos
entre Israel e seus inimigos vizinhos a norte e sul.
Em 1982, o palco foram
os campos de refugiados
palestinos de Sabra e Chatila, em Beirute, Líbano.
No episódio, entre mil e
3.000 civis, segundo estimativas, foram massacrados por milícias cristãs libanesas com a anuência
dos militares israelenses.
O contexto foi uma
ofensiva israelense contra
milicianos da OLP (Organização para a Libertação
da Palestina), então considerada um grupo terrorista, sediados na região. A
ação marcou o início da
ocupação do sul libanês,
encerrada só em 2000.
Em 1996, um cenário
parecido: nova ofensiva israelense na região, agora
contra o grupo xiita libanês Hizbollah -fundado
justamente em 1982. Em
meio à operação Vinhas da
Ira, uma base de forças de
paz da ONU na cidade de
Qana, próxima a fronteira
de Israel, foi alvejada, matando mais de cem civis.
Dez anos mais tarde, na
última incursão de Israel
ao Líbano, em retaliação
ao sequestro de três soldados pelo Hizbollah, novamente a cidade de Qana foi
alvo de bombardeios. Desta vez, um prédio de três
andares que servia de refúgio para civis desabou,
matando 56 pessoas.
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