São Paulo, sábado, 07 de fevereiro de 2009

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REFÉNS DAS FARC

Voo militar durante resgate foi "erro de boa-fé", diz Colômbia

DA REDAÇÃO

Após receber críticas por deslocar aviões militares à zona onde quatro reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foram libertados, no último domingo, o governo colombiano disse ontem que os voos foram um "erro de boa-fé". Segundo o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, os voos resultaram da "indefinição sobre o que poderia ocorrer" durante a missão.
Os voos militares causaram polêmica entre o governo de Álvaro Uribe e os mediadores da operação de libertação dos reféns e acabariam por atrasar em um dia o resgate do ex-governador Alan Jara, que finalmente foi libertado na terça-feira. Anteontem, o ex-deputado Sigifredo López completou o ciclo de seis libertações unilaterais de reféns da guerrilha.
Daniel Samper, integrante do grupo Colombianos pela Paz (que mediou a operação e é liderado pela senadora oposicionista Piedad Córdoba), queixou-se de que os voos quase levaram as Farc a cancelar a libertação.
Também ontem, o ex-deputado López agradeceu o Brasil pelo apoio à missão (realizada em dois helicópteros do Exército brasileiro) e voltou a pedir que o governo Uribe concorde com a troca humanitária -proposta pela qual os 22 reféns restantes das Farc seriam "trocados" por 500 guerrilheiros.
A proposta tem sido rejeitada pelo governo, que se diz disposto a ser "generoso" com combatentes que abandonarem as armas. O chanceler Jaime Bermúdez afirmou ontem que o governo "atuará militarmente enquanto persistam os atos de terror" das Farc.

Com agências internacionais


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