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Atentado em biblioteca de Jerusalém deixa oito mortos
Ataque feito por atirador a centro religioso é o pior em Israel em quase dois anos
TV do Hizbollah afirma que grupo Batalhões pela Libertação da Galiléia foi o autor da ação; EUA propõem condenação de ato à ONU
DA REDAÇÃO
Um atentado a um centro de
estudos religiosos em Jerusalém matou oito jovens e deixou
ao menos outras nove pessoas
feridas. Um homem entrou na
biblioteca da instituição e abriu
fogo, segundo a polícia, que disse que ele foi morto.
Pelo menos três dos feridos
estão em estado grave, entre
eles um jovem de 15 anos. Foi o
ataque a Israel com maior número de mortos em quase dois
anos. O Conselho de Segurança
da ONU reuniu-se emergencialmente para discutir a situação no Oriente Médio, e os EUA
apresentaram uma proposta de
condenação ao "ato terrorista".
A ação ocorre um dia após a
secretária de Estado dos EUA,
Condoleezza Rice, negociar
com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, a retomada das
negociações de paz com Israel,
suspensas após operação militar israelense na faixa de Gaza
que deixou ao menos 127 mortos. Abbas condenou o ataque
de ontem. Rice chamou a ação
de "ato de terror e perversão".
Segundo testemunhas, o homem atirou em duas pessoas na
entrada da instituição e continuou com os disparos na biblioteca do centro, onde estavam
cerca de 80 pessoas. O seminário é identificado com as lideranças dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Um dos estudantes afirmou
ter visto de 500 a 600 tiros por
cerca de dez minutos. "Foi uma
carnificina", disse o chefe do
serviço de emergência. As autoridades afirmaram que o atirador era morador de Jerusalém
Oriental -a escola fica na parte
ocidental da cidade.
Segundo uma estação de TV
do Hizbollah, o desconhecido
grupo Batalhões pela Libertação da Galiléia -Mártires Imad
Mughniyeh e de Gaza foi o responsável pelo atentado em Jerusalém. Mughniyeh era tido
como chefe militar do Hizbollah e morreu no mês passado,
em atentado na Síria. O grupo
xiita acusou Israel (que negou
envolvimento na ação) pelo
ataque e prometeu vingar a
morte do seu dirigente. A ação
foi comemorada pelo Hamas,
na faixa de Gaza, e pelo grupo
radical Jihad Islâmico.
Com agências internacionais
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