São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2008

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Atentado em biblioteca de Jerusalém deixa oito mortos

Ataque feito por atirador a centro religioso é o pior em Israel em quase dois anos

TV do Hizbollah afirma que grupo Batalhões pela Libertação da Galiléia foi o autor da ação; EUA propõem condenação de ato à ONU

DA REDAÇÃO

Um atentado a um centro de estudos religiosos em Jerusalém matou oito jovens e deixou ao menos outras nove pessoas feridas. Um homem entrou na biblioteca da instituição e abriu fogo, segundo a polícia, que disse que ele foi morto.
Pelo menos três dos feridos estão em estado grave, entre eles um jovem de 15 anos. Foi o ataque a Israel com maior número de mortos em quase dois anos. O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se emergencialmente para discutir a situação no Oriente Médio, e os EUA apresentaram uma proposta de condenação ao "ato terrorista".
A ação ocorre um dia após a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, negociar com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, a retomada das negociações de paz com Israel, suspensas após operação militar israelense na faixa de Gaza que deixou ao menos 127 mortos. Abbas condenou o ataque de ontem. Rice chamou a ação de "ato de terror e perversão".
Segundo testemunhas, o homem atirou em duas pessoas na entrada da instituição e continuou com os disparos na biblioteca do centro, onde estavam cerca de 80 pessoas. O seminário é identificado com as lideranças dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Um dos estudantes afirmou ter visto de 500 a 600 tiros por cerca de dez minutos. "Foi uma carnificina", disse o chefe do serviço de emergência. As autoridades afirmaram que o atirador era morador de Jerusalém Oriental -a escola fica na parte ocidental da cidade.
Segundo uma estação de TV do Hizbollah, o desconhecido grupo Batalhões pela Libertação da Galiléia -Mártires Imad Mughniyeh e de Gaza foi o responsável pelo atentado em Jerusalém. Mughniyeh era tido como chefe militar do Hizbollah e morreu no mês passado, em atentado na Síria. O grupo xiita acusou Israel (que negou envolvimento na ação) pelo ataque e prometeu vingar a morte do seu dirigente. A ação foi comemorada pelo Hamas, na faixa de Gaza, e pelo grupo radical Jihad Islâmico.


Com agências internacionais


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