São Paulo, sábado, 07 de março de 2009

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Anticastristas travam projeto de US$ 410 bi no Senado dos EUA

Dois democratas se opõem à suavização de embargo a Cuba aprovada na Câmara

DA REDAÇÃO

O Senado dos EUA adiou para a próxima semana a votação de um projeto de lei que prevê gastos de US$ 410 bilhões após os democratas falharem em conseguir os 60 votos necessários na Casa para aprová-lo.
Os democratas Bob Menéndez, de Nova Jersey, e Bill Nelson, da Flórida, rejeitaram a inclusão no texto de cláusulas que flexibilizam restrições de viagens e de comércio impostas a Cuba, dificultando ainda mais a tarefa do senador Harry Reid, líder dos governistas, de obter a maioria qualificada. Os democratas têm 58 cadeiras na Casa.
As mudanças nas restrições a Cuba, já aprovadas pela Câmara, permitiriam a americanos com parentes na ilha fazerem visitas mais frequentes -uma vez por ano, e não só a cada três, como definiu o governo anterior- e eliminariam a exigência de pagamento antecipado pela ilha na compra de comida e remédio -mesmo com o embargo, Washington é o quinto sócio comercial de Havana, para onde vendeu US$ 710 milhões em produtos em 2008 .
Os defensores da medida dizem que ela é um gesto para a distensão das relações entre os dois países, opinião com cada vez mais adeptos até entre os cubano-americanos.
Durante a campanha, Barack Obama prometeu eliminar as restrições às viagens de cubanos-americanos à ilha, bem como a remessas de dinheiro.
Especialistas chamam atenção para trecho da lei Helms-Burton, que endureceu o embargo, permitindo ao Executivo ordenar a suavização das restrições sem passar pelo Congresso: "Todas as transações são proibidas exceto as especificamente autorizadas pelo Departamento do Tesouro".
O Instituto Brookings, centro de pesquisas e análises próximo ao Partido Democrata, lançou documento recente cobrando as medidas.


Com "The New York Times"


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