DA REDAÇÃO

Centenas de pessoas marcharam ontem na capital da Colômbia, e em outras cidades do país, em protesto contra o caso dos "falsos positivos" -no qual civis eram assassinados por militares visando recompensas que os computavam como guerrilheiros mortos em combate .
Na marcha de Bogotá, liderada por uma das fundadoras das Mães da Praças de Maio -mães de desaparecidos na ditadura argentina-, familiares carregavam cartazes com fotos de desaparecidos e pedidos de "justiça", protestando contra o presidente, Álvaro Uribe, e o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos.
A Procuradoria, para onde os manifestantes se dirigiram, investiga cerca de mil militares pelas mortes de pelo menos 1.375 civis.
Desde outubro, quando o caso ganhou repercussão internacional depois de uma vala comum ser revelada, três generais e mais de 50 soldados foram destituídos.
O governo colombiano anunciou que dois ex-guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) serão libertados nos próximos dias para serem "gestores da paz".
Eles "expressaram formalmente a renúncia a atividades ilegais", diz a nota oficial.
Bogotá recompensa guerrilheiros desertores. Mas o governo não especificou, porém, que missões de paz "Karina" e "Olivio Saldaña" -codinomes- exercerão.