MIRAL FAHMY
da "Reuters"

A milícia islâmica Hizbollah (Partido de Deus, em árabe), considerada a princípio um grupo desorganizado de terroristas antiisraelenses, tornou-se o pior pesadelo de Israel.
Criada após a invasão israelense de 1982, a organização muçulmana possui atualmente uma ala política e milhares de integrantes.
A guerrilha pró-Irã afirma estar determinada a pôr fim aos 21 anos de ocupação israelense no sul do Líbano, e seus combatentes dizem estar prontos para matar e morrer por esse objetivo.
O equipamento simples usado pelo grupo assusta a avançada máquina de guerra israelense. O Irã fornece os armamentos à milícia islâmica.
A Síria, poderoso país vizinho do Líbano, vê no Hizbollah um instrumento para forçar um acordo de paz que possibilitaria a saída de Israel das colinas do Golã, ocupadas na guerra de 1967.
No domingo passado, o Hizbollah detonou bombas numa estrada no sul do Líbano e matou quatro israelenses, incluindo o oficial de mais alta patente que morreu no Líbano desde 1982.
"Todas as ameaças que o inimigo lança não mudam a natureza agressiva da ocupação ou a natureza da resistência", diz Hussein Khalil, um dos membros mais importantes do Hizbollah.
No ano passado, o grupo matou 22 soldados israelenses, o que levou a novos apelos para que o Estado judeu deixe o sul do Líbano.


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