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São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2003

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ELEIÇÕES NA ARGENTINA

Pesquisas registram empate entre três peronistas e uma oposicionista e indicam segundo turno

Argentinos escolhem entre 19 candidatos

MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES

Os argentinos nunca tiveram tantas opções para votar em um presidente: daqui a três semanas, 19 candidatos disputarão as eleições presidenciais. De acordo com as últimas pesquisas, apenas quatro têm chance de chegar ao segundo turno.
Será a eleição mais atípica da história do país: o partido governista (PJ, Partido Justicialista) concorrerá com três candidatos; o segundo maior partido do país (UCR, União Cívica Radical) não consegue atingir 3% dos votos; e os eleitores se comovem mais com a guerra no Iraque do que com o discurso dos candidatos.
Nenhum dos candidatos consegue muito mais do que 20% das intenções de voto. Segundo a maioria das pesquisas, o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999), Néstor Kirchner, Adolfo Rodríguez Saá -os três candidatos do PJ, que congrega os chamados peronistas - e Elisa Carrió (ARI, Argentina para uma República de Iguais) estão empatados tecnicamente. Ou seja, existem pelo menos seis possibilidades diferentes de embate no segundo turno.
Esta será também a primeira eleição que deve ser decidida no segundo turno, que ocorrerá em 18 de maio -o novo governo assume em 25 de maio.
Outro fato inédito: pela primeira vez desde a década de 50, não haverá cédulas com estampas das faces do presidente Juan Domingo Perón e sua mulher, Eva Perón, considerados os fundadores do Partido Judicialista.
Na Argentina, cada candidato tem uma cédula. Os eleitores escolhem a cédula de seu candidato, a colocam num envelope e o depositam na urna.
Os peronistas não realizaram eleições internas para escolher seu candidato. Menem decidiu pedir na Justiça o direito de usar os símbolos do partido. A Justiça eleitoral decidiu que nenhum dos três peronistas poderia usá-los no primeiro turno.


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