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DITADURA MILITAR
Justiça italiana decide julgar ex-membro de junta argentina
DE BUENOS AIRES
A Justiça italiana decidiu
julgar o ex-militar argentino
Emilio Massera, 83, pela
morte de três cidadãos italianos durante a última ditadura na Argentina (1976-1983).
A decisão veio após uma
perícia médica constatar que
o ex-almirante, integrante da
junta militar que governou a
Argentina de 1976 a 1981, está em "plenas faculdades"
para ser julgado. O laudo, baseado em exame feito em
2007, apontou que Massera
apresenta "exagerados sintomas psíquicos fictícios".
A Justiça argentina suspendeu todas as causas e pedidos de extradição contra
Massera em 2005, após
constatar demência decorrente de um derrame. Um
juiz pediu novos exames
após a divulgação da perícia
italiana.
Cinco ex-militares argentinos já haviam sido julgados
à revelia e condenados à prisão perpétua na Itália pelos
mesmos crimes, em 2007.
O início do julgamento de
Massera na Itália está marcado para setembro. Ele não
será extraditado, contudo,
porque tem processos pendentes na Argentina.
O ex-oficial responde na
Itália pelo homicídio, agravado por torturas, de Angela
María Aieta, Giovanni Pegoraro e sua filha, Susana, sequestrados em 1976 e em
1977. As vítimas teriam passado pela Escola de Mecânica da Marinha, o principal
centro clandestino de detenção da ditadura argentina.
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