São Paulo, terça-feira, 07 de abril de 2009

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DITADURA MILITAR

Justiça italiana decide julgar ex-membro de junta argentina

DE BUENOS AIRES

A Justiça italiana decidiu julgar o ex-militar argentino Emilio Massera, 83, pela morte de três cidadãos italianos durante a última ditadura na Argentina (1976-1983).
A decisão veio após uma perícia médica constatar que o ex-almirante, integrante da junta militar que governou a Argentina de 1976 a 1981, está em "plenas faculdades" para ser julgado. O laudo, baseado em exame feito em 2007, apontou que Massera apresenta "exagerados sintomas psíquicos fictícios".
A Justiça argentina suspendeu todas as causas e pedidos de extradição contra Massera em 2005, após constatar demência decorrente de um derrame. Um juiz pediu novos exames após a divulgação da perícia italiana.
Cinco ex-militares argentinos já haviam sido julgados à revelia e condenados à prisão perpétua na Itália pelos mesmos crimes, em 2007.
O início do julgamento de Massera na Itália está marcado para setembro. Ele não será extraditado, contudo, porque tem processos pendentes na Argentina.
O ex-oficial responde na Itália pelo homicídio, agravado por torturas, de Angela María Aieta, Giovanni Pegoraro e sua filha, Susana, sequestrados em 1976 e em 1977. As vítimas teriam passado pela Escola de Mecânica da Marinha, o principal centro clandestino de detenção da ditadura argentina.


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