São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011 |
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ANÁLISE Impacto continental da crise ainda pode ser controlado DO "FINANCIAL TIMES" Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha. Essa deveria ser a ordem do colapso financeiro, certo? Alguém parece estar saindo do script: a Espanha parece estar tomando distância dos amigos atingidos. Os juros dos títulos da dívida de Portugal com vencimento em dez anos subiram 2% em relação ao equivalente espanhol desde janeiro. Enquanto isso, as diferenças dos juros dos títulos da Espanha estão se reduzindo em relação à Alemanha, referência na União Europeia. Se Portugal vai a nocaute, a Espanha parece estar indo bem. E a mensagem é: o contágio na Zona do Euro pode estar sendo contido. Um leilão de dívidas de três anos espanholas hoje testará o quanto a confiança dos investidores foi restabelecida. Afinal, faz menos de um mês que a agência de risco Moody's rebaixou a nota de crédito da Espanha. A questão que paira sobre Madri é qual foi o custo para salvar seus bancos. Essa preocupação continua, apesar de progressos recentes. Como pôde a Espanha se recuperar tão rapidamente após estar à beira de uma recessão prolongada há um ano? A resposta tem três lados: resistência dos gastos de consumo, crescente competitividade e o progresso na redução do deficit fiscal. O resultado é que a dívida pública da Espanha (federal) é relativamente modesta: é improvável que passe dos 80% do PIB até 2020, segundo o Deutsche Bank. Os riscos continuam sendo indisciplina fiscal regional e o fracasso em promover reformas no mercado de trabalho para reduzir as altas taxas de desemprego. Mas Madri não deveria declarar vitória: ainda há mais trabalho pesado a fazer antes de se afastar definitivamente dos riscos provenientes dos países periféricos. Texto Anterior: Portugal se rende e pede ajuda para sair do buraco Próximo Texto: China faz agrado a Embraer antes de visita de Dilma Índice | Comunicar Erros |
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