São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011

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Acordo de comércio de Colômbia e EUA avança

Bogotá, porém, terá de fortalecer sindicatos

FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS

O presidente dos EUA, Barack Obama, vai anunciar hoje, com o colega colombiano, Juan Manuel Santos, um acordo com exigências trabalhistas a serem cumpridas pela Colômbia que abrirá caminho para a aprovação do TLC (Tratado de Livre Comércio) entre os países no Congresso americano.
O "plano de ação laboral" é a tentativa da administração Obama de encaminhar o TLC ao Congresso daquele país, como exige a maioria opositora republicana, sem enfurecer os aliados das centrais sindicais americanas que travam a ratificação desse acordo entre os dois países desde 2006.
O plano estabelece uma série de prazos e metas a serem cumpridas por Bogotá.
Entre eles, está a ampliação "substancial", até 22 de abril, do programa de proteção a sindicalistas.
A Colômbia precisa, também, aumentar o número de procuradores destinados a investigar crimes contra líderes sindicais, além de encontrar uma maneira de endurecer a punição para crimes que atentem contra direitos fundamentais dos trabalhadores no país.
O acordo também inclui um compromisso do governo colombiano em fiscalizar e punir cooperativas que funcionem como intermediárias de mão-de-obra.
Com a aprovação do acordo, os Estados Unidos esperam aumentar em mais de US$ 1,1 bilhão as vendas à Colômbia -80% dos produtos americanos entrarão no país livres de impostos.
Ontem, durante visita a Nova York, Santos afirmou que espera discutir hoje com Obama uma data para o envio do TLC: "Tomara que eu possa dar boas notícias amanhã [hoje]".
O presidente colombiano negou que esteja em curso uma renegociação do tratado. "Nós avançamos muito em medidas administrativas adicionais", disse.

REPUBLICANOS
Os republicanos anunciaram em março que não aprovariam o novo ministro do Comércio por Obama até que o governo enviasse ao Congresso o TLC colombiano.
A ideia era aprovar o tratado, e também os fechados com o Panamá e a Coreia do Sul, até 1º de julho.
Enquanto parlamentares republicanos comemoram o anúncio, Sander Levin, o mais graduado democrata da Comissão de Finanças da Câmara, fez reparos. "É preciso mais trabalho de negociação", disse.


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