São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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"EIXO DO MAL"

Texto deve ser vetado

China e Rússia atacam resolução contra o Irã

DA REDAÇÃO

A proposta de resolução sobre o programa nuclear do Irã apresentada na última quarta-feira por Estados Unidos, Reino Unido e França parece ter poucas chances de ser aprovada no Conselho de Segurança da ONU, devido à oposição de China e Rússia, os outros dois membros do órgão com direito a veto. Os cinco países tentam chegar a um texto de consenso antes da reunião entre chanceleres, que ocorrerá amanhã, em Nova York.
A chancelaria russa ontem criticou o projeto, que considera a possibilidade de tomar "medidas adicionais" e evoca o Capítulo 7 da Carta da ONU, o que tornaria seu cumprimento obrigatório e poderia abrir caminho para sanções econômicas e ação militar.
Segundo Serguei Kislyako, vice-chanceler russo, é preciso fazer "mudanças significativas" no projeto. "As consultas estão só começando e este é um processo para diplomatas, não para a imprensa", disse Kislyako, em Moscou, à agência de notícias russa Interfax y RIA-Novosti, pouco antes de partir para Nova York.
Questionado se a menção ao Capítulo 7 poderia conduzir à ação militar, o embaixador da China na ONU, Wang Guangya, respondeu: "Essa é a preocupação, não só da China, mas de outros [países]", disse Wang. "Nós buscamos o que for a melhor linguagem [na resolução] para uma solução diplomática."
Enquanto as potências nao chegam a um acordo, o Irã parece imperturbável na intenção de dar prosseguimento a seu programa nuclear. "A nação iraniana considera que tem direito à tecnologia nuclear e não cederá sob nenhuma circunstância", afirmou ontem em seu editorial o diário conservador "Jomhuri Eslami".


Com agências internacionais


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