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"EIXO DO MAL"
Texto deve ser vetado
China e Rússia atacam resolução contra o Irã
DA REDAÇÃO
A proposta de resolução sobre o
programa nuclear do Irã apresentada na última quarta-feira por
Estados Unidos, Reino Unido e
França parece ter poucas chances
de ser aprovada no Conselho de
Segurança da ONU, devido à oposição de China e Rússia, os outros
dois membros do órgão com direito a veto. Os cinco países tentam chegar a um texto de consenso antes da reunião entre chanceleres, que ocorrerá amanhã, em
Nova York.
A chancelaria russa ontem criticou o projeto, que considera a
possibilidade de tomar "medidas
adicionais" e evoca o Capítulo 7
da Carta da ONU, o que tornaria
seu cumprimento obrigatório e
poderia abrir caminho para sanções econômicas e ação militar.
Segundo Serguei Kislyako, vice-chanceler russo, é preciso fazer
"mudanças significativas" no
projeto. "As consultas estão só começando e este é um processo para diplomatas, não para a imprensa", disse Kislyako, em Moscou, à
agência de notícias russa Interfax
y RIA-Novosti, pouco antes de
partir para Nova York.
Questionado se a menção ao
Capítulo 7 poderia conduzir à
ação militar, o embaixador da
China na ONU, Wang Guangya,
respondeu: "Essa é a preocupação, não só da China, mas de outros [países]", disse Wang. "Nós
buscamos o que for a melhor linguagem [na resolução] para uma
solução diplomática."
Enquanto as potências nao chegam a um acordo, o Irã parece imperturbável na intenção de dar
prosseguimento a seu programa
nuclear. "A nação iraniana considera que tem direito à tecnologia
nuclear e não cederá sob nenhuma circunstância", afirmou ontem em seu editorial o diário conservador "Jomhuri Eslami".
Com agências internacionais
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