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A Guarda Revolucionária do Irã, tropa de elite de Teerã, se propõe a escoltar futuras frotas que quiserem furar o bloqueio israelense à faixa de Gaza para levar mantimentos à população do território palestino, anunciou ontem um alto assessor do líder supremo iraniano.
"As forças navais dos Guardiães da Revolução estão inteiramente dispostas e prontas para escoltarem as frotas da liberdade e de paz que pretendam levar ajuda humanitária vinda de todo o mundo para o povo oprimido de Gaza", disse à agência estatal Mehr News Ali Shirazi, assessor do aiatolá Ali Khamenei, máxima autoridade do governo iraniano.
"Se o respeitado guia da revolução der uma ordem neste sentido, as forças navais dos Guardiães da Revolução, elas tomarão medidas práticas para escoltar frotas para Gaza, fazendo uso de suas capacidades e seus equipamentos", acrescentou o assessor do líder supremo.
Não está claro se as declarações sinalizam planos concretos de o Irã participar dos esforços contra o bloqueio israelense a Gaza ou se visam alimentar a guerra psicológica e retórica entre os dois maiores inimigos regionais.
Na prática, qualquer manobra iraniana em águas próximas à costa israelense seria vista como grave provocação, podendo desencadear um conflito com potencial devastador.
Israel encara o Irã como uma ameaça existencial e reiteradamente deixa no ar a possibilidade de atacar as centrais nucleares iranianas.
Teerã diz que enriquece urânio para produção de energia e pesquisa médica.
Para pôr fim às tensões geradas pela situação em Gaza, os governos de França e Reino Unido disseram ontem que se dispõem a fornecer navios militares para controlar, sob coordenação da União Europeia, o tráfego marítimo em Gaza.
A ideia é facilitar a entrada de mais comida, remédio e material de construção desde que os estoques sejam submetidos a rigoroso controle para impedir a entrada de armas em Gaza.


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