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EUA detêm suspeitos de tramar ataque
Presa em aeroporto de Nova York, dupla pretendia integrar um grupo somali ligado à Al Qaeda, afirma polícia
Investigados desde 2006, detidos teriam viajado à Jordânia
em 2007 para tentar ingressar no Iraque
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Dois americanos suspeitos
de tentar integrar um grupo
insurgente somali ligado à Al
Qaeda foram presos ontem
no aeroporto internacional
de Nova York quando tentavam deixar os EUA.
Segundo a polícia, eles
viajariam em voos distintos
até o Egito, de onde partiriam
até a Somália para se unir à
milícia islâmica Al Shabab,
considerada terrorista pelos
americanos.
Mohamed Mahmood Alessa, 20, e Carlos Eduardo Almonte, 26, eram investigados
desde 2006. De acordo com a
polícia de Nova York, ambos
viajaram para a Jordânia em
2007 e tentaram entrar no
Iraque, mas foram rejeitados
por seus recrutadores.
Eles responderão por
conspiração para matar, injúria e sequestro de pessoas
fora dos EUA.
Durante a investigação,
um policial disfarçado gravou conversas em que os dois
suspeitos falavam dos seus
planos. "Vou-me embora
[dos EUA]. Se Deus quiser,
nunca voltarei", Alessa teria
dito ao policial em 2009. "Só
voltaria se, na terra do jihad,
o líder me ordenasse que voltasse para fazer algo aqui".
Alessa teria dito que sua
alma não sossegaria enquanto ele não derramasse sangue. "Quero ser um terrorista
conhecido mundialmente."
Alessa também foi gravado dizendo que seguiria os
passos de Nidal Hasan, o psiquiatra do Exército americano que matou 13 pessoas em
Fort Hood, em 2009: "Ele não
é melhor que eu. Farei o dobro do que ele fez".
Tanto Alessa quanto Almonte são cidadãos americanos que viviam no Estado de
Nova Jersey. Nascido nos Estados Unidos, Alessa é descendente de palestinos. Almonte, por sua vez, nasceu
na República Dominicana e
se naturalizou americano.
As investigações mostram
que eles foram inspirados
por outros dois cidadãos
americanos que têm recrutado terroristas pela internet:
Anwar al Aulaqi, que influenciou o ataque em Fort
Hood e a tentativa frustrada
de atentado num avião que ia
de Amsterdã a Detroit no ano
passado, e Adam Gadahn,
porta-voz da Al Qaeda.
Alessa e Almonte devem
ser interrogados hoje numa
corte federal em Nova Jersey.
Segundo a polícia, os dois
planejaram a viagem com vários meses de antecedência e
economizaram milhares de
dólares.
O treinamento incluiu levantamento de pesos, caminhadas na neve, jogos violentos de videogame e filmes
de terroristas na internet.
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